Resumo

Título do Artigo

PRÁTICAS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO VERDE À LUZ DA TEORIA INSTITUCIONAL
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Palavras Chave

TI Verde
Estudos Organizacionais
Empresas de Base Tecnológica

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Abordagens e Teorias organizacionais Contemporâneas

Autores

Nome
1 - Vanessa Theis
UNIVERSIDADE FEEVALE (FEEVALE) - PPG em Qualidade Ambiental
2 - Dusan Schreiber
UNIVERSIDADE FEEVALE (FEEVALE) - ICSA

Reumo

Os efeitos do uso e adoção de TI, no contexto das organizações, se tornou uma parte importante nos debates sobre desenvolvimento sustentável, devido à dualidade que a TI representa no referido contexto de análise. Kavathatzopoulos (2015) indica que um dos efeitos duais da TI, se refere ao elevado número de impactos negativos que ela causa o meio ambiente, ressaltando o alto consumo de eletricidade e produção de lixo eletrônico. Por outro lado, a TI é uma das ferramentas mais eficazes, utilizadas no gerenciamento corporativo sustentável, na abordagem de problemas relacionados ao meio ambiente.
Na medida que as questões sobre sustentabilidade ambiental começam a permear o cotidiano do departamento de TI, a decisão da organização em adotar o conjunto de práticas organizacionais para operacionalizar a TI Verde, resulta da combinação de motivos, tanto de natureza objetiva e técnica, advindas do isomorfismo coercitivo e mimético, como subjetiva e comportamental, resultantes do isomorfismo normativo. Neste contexto, o objetivo deste artigo é analisar a adoção das práticas da TI Verde à luz da teoria institucional, em empresas de base tecnológica.
As organizações concorrem pela legitimidade e aceitação social, que se torna o conceito central no institucionalismo. Neste contexto, o cumprimento de regras impostas, impulsionadas pelo isomorfismo normativo, até a adoção de posturas ecologicamente corretas, induzidas pelo isomorfismo mimético, são as preocupações que fazem com que as organizações passem a vincular a perspectiva ambiental à sua estratégia de negócios (BARBIERI, 2017; BERRY; RONDINELLI, 1998).
Os dados foram coletados por meio de um questionário construído com questões fechadas, utilizando a escala Likert de cinco pontos, em 93 empresas da região metropolitana de Porto Alegre. Os dados foram analisados por meio de estatísticas descritivas e da análise cruzada das variáveis do instrumento de coleta da dados, sendo que as respostas foram categorizadas conforme as similaridades estruturais das empresas no que diz respeito ao porte, segmento e setor de atuação.
Constatou-se que o isomorfismo em relação ao ambiente no qual a organização se circunscreve, faz com que ela incorpore os elementos legitimados exteriormente. Logo, as práticas de TI Verde resultam das forças isomórficas que movimentam as empresas no caminho da homogeneidade, visto que as organizações buscam primordialmente a sobrevivência e precisam cada vez mais serem aceitas e respeitadas dentro do contexto mercadológico no qual estão inseridas.
Acredita-se que os aspectos atrelados à subjetividade do sujeito também são importantes e devem ser considerados neste processo, visto que, a organização influencia no comportamento dos funcionários e vice-versa. Neste sentido, a incorporação de normas, pressupostos, crenças e valores em decorrência da política ambiental, propiciam o surgimento de uma nova mentalidade coletiva, caracterizada pela mudança no comportamento organizacional e, consequentemente, no comportamento dos indivíduos.
BARBIERI, José Carlos. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. 502 p. BERRY, Michael A.; RONDINELLI, Dennis A. Proactive corporate environmental management: A new industrial revolution. Academy of Management Perspectives, v. 12, n. 2, p. 38-50, 1998. KAVATHATZOPOULOS, Iordanis. ICT and sustainability: skills and methods for dialogue and policy making. Journal of Information, Communication and Ethics in Society, v. 13, n. 1, p. 13-18, 2015.