Resumo

Título do Artigo

TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO E INOVAÇÃO: A NECESSIDADE DE ALINHAMENTO DOS ATORES DA HÉLICE TRIPLA
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Palavras Chave

Transferência de conhecimento
Inovação
Hélice Tripla

Área

Gestão da Inovação

Tema

Gestão do Conhecimento, Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia

Autores

Nome
1 - Mauricio Henrique Benedetti
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (MACKENZIE) - Higienópolis
2 - Gustavo Loureiro
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (MACKENZIE) - Higienópolis
3 - Marcelo Goldstein
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (MACKENZIE) - São Paulo
4 - Renato de Masculino Alves
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (MACKENZIE) - Higienópolis

Reumo

A busca por tecnologias em universidades pode ser percebida como uma ação que reflete o reconhecimento de que as empresas não possuem todo o conhecimento necessário para as suas atividades de Pesquisa e Desenvolvimento. Um meio de transferência de conhecimento e tecnologia da universidade para as empresas é a participação dos colaboradores destas empresas em programas de pós-graduação. Assim sendo, verificou-se a necessidade de estudar como a interação entre universidade e empresa ocorre por meio dos mestrados profissionais dentro da perspectiva da Hélice Tripla e do modelo da inovação aberta.
Problema de pesquisa: “como ocorre a transferência de conhecimento das universidades, por meio dos mestrados profissionais, para as empresas serem mais inovadoras”? Objetivos específicos: (a) identificar as características do mestrado profissional que facilitam a chegada as empresas do conhecimento adquirido nas universidades; (b) conhecer a dinâmica das atividades do mestrado profissional que contribuem para compartilhar novas ideias; (c) verificar como os atores da hélice tripla atuam para que o mestrado profissional seja uma fonte de conhecimento externo para a inovação aberta das empresas.
No modelo aberto de inovação, a empresa assume a importância de valorizar conhecimentos externos e utilizar fluxos de entrada e saída de conhecimento (Chesbrough, 2006) para que a inovação seja acelerada e os mercados sejam expandidos. A interação entre universidade, empresas e governo precisam abandonar o papel individual tradicional em manter a autonomia e respeitando a influência de cada um (Etzkowitz; Leydesdorff, 2000). Para Etzkowitz (2004), a missão da universidade foi ampliada nos dias de hoje, passando a incorporar também o desenvolvimento social e econômico.
Foi realizado um estudo exploratório que consistiu em uma pesquisa de campo junto a coordenadores de cursos dessa modalidade de pós-graduação stricto senso. Os dados qualitativos coletados por meio de entrevistas em profundidade foram analisados utilizando-se a análise de conteúdo. Os entrevistados foram 10 (dez) coordenadores de cursos de mestrados profissionais distribuídos por todo o território brasileiro. As categorias foram estabelecidas com o objetivo de direcionar a coleta de dados para o alcance dos objetivos do artigo, tendo como base os papéis dos atores da Hélice Tripla.
Como resultados que as empresas buscam com inovações e que terão contribuição dos mestrados profissionais, foram citadas novas metodologias, diagnósticos, novos modelos de negócios, diagnósticos, contratação de funcionários que estão envolvidos em projetos com a universidade e a mudança do perfil e comportamento dos funcionários para que pensem na inovação como algo prático que traga benefícios para a empresa. Além do desenvolvimento de lideranças para a inovação, é bastante comum nesses cursos de mestrado profissional, o estímulo ao trabalho em equipe e colaborativo.
O desenvolvimento de soluções para a realidade das empresas é uma característica do mestrado profissional que tem contribuído para que as empresas aproveitem de maneira prática do conhecimento que é produzido na academia. As empresas buscam a inovação como meio de sobrevivência e procuram indicar funcionários para esses cursos. Com a realização de trabalhos práticos e que serão aplicados, os alunos exercem papel de agentes ativos do processo de inovação das empresas em que trabalham, ampliando as possibilidades de ideias a serem transformadas em projetos e que resultem em inovações.
Chesbrough, Henry. (2006). Open Innovation: A New Paradigm for Understanding Industrial Innovation. In Chesbrough, Henry; Vanhaverbeke, Wim; West, Joel. (Eds.) Open Innovation: Research a New Paradigm. Oxford, Oxford University Press Etzkowitz, H (2004). The evolution of the entrepreneurial university. International Journal of Technology and Globalisation, Cambridge, vol.1, n.1p-64-77. Etzkowitz, Henry; Leydesdorff, Loet. (2000). The Dynamics of Innovation: from national systems and “mode 2” to a triple helix of university-industry-government relations. Research Police.v.29, n.2, pp.109-123