Resumo

Título do Artigo

CAPACIDADE DE INOVAÇÃO: Estudo de Casos Múltiplos e Validação de Escala no Setor Financeiro Brasileiro
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Palavras Chave

Capacidade de Inovação
Gestão da Inovação
Setor Financeiro

Área

Gestão da Inovação

Tema

Organização, Processos e Projetos de Inovação

Autores

Nome
1 - Hecio Wanderley de Souza Almeida
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - FACE/PPGA - Programa de Pós-Graduação em Administração
2 - JOSIVANIA SILVA FARIAS
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - PPGA

Reumo

Como as organizações desenvolvem suas capacidades relacionadas à inovação para alcançarem seus objetivos? Para Valladares, Vasconcellos e Di Serio (2014) a capacidade de inovação é observada através dos componentes: liderança transformadora, intenção estratégica de inovar, gestão de pessoas para a inovação, conhecimento do cliente e do mercado, gestão estratégica da tecnologia, organicidade da estrutura organizacional, e da gestão de projetos. A utilização dessa abordagem ampla e integradora é a utilizada no presente estudo.
O setor financeiro brasileiro enfrenta um momento de transformações com elevação da competitividade. Nesse cenário, desperta-se interesse em compreender como organizações desse setor desenvolvem capacidades que possibilitem inovar e se manter competitivas e quais seriam os componentes envolvidos. Este trabalho busca descrever os componentes da capacidade de inovação; validar, no setor financeiro, uma escala de capacidade da inovação; verificar os componentes que mais influenciam a capacidade de inovação como um construto global e analisar a influência de cada componente no construto global.
Uma adequada compreensão da natureza da organização e de como ela faz inovação e mudança auxilia no melhor entendimento da empresa (Teece, 2017) e a compreender determinantes do desempenho e efeitos da gestão sobre a organização. Como a organização faz inovação na ótica da gestão é observada em Valladares et al. (2014), que sugerem estudos empíricos apoiados no desenvolvimento de escalas de medição, embasadas em uma extensa lista de práticas observadas na literatura. Para cada componente da capacidade de inovação há práticas que possibilitam a descrição de como a inovação ocorre na organização
Trata-se de pesquisa exploratório-descritiva: estudo de casos múltiplos com abordagem quantitativa por questionários aplicados em profissionais do setor financeiro. O instrumento utilizado foi adaptado de Valladares (2012) e a amostragem probabilística foi o método de coleta. Para análise dos dados, aplicou-se análise fatorial exploratória, análise fatorial confirmatória e teste de diferença entre grupos (T de Student). Também foi necessário realizar regressão linear para verificar os componentes que mais fortemente influenciam a capacidade de inovação como um construto global.
Para a validação da aplicação do instrumento de pesquisa, utilizou-se a análise fatorial exploratória com uma taxa de 18.4 casos por item, superior ao mínimo de 5 sugerido por Hair et al. (2010). A medida de Kaiser-Meyer-Olkin e o Teste de Esfericidade de Bartlett demonstraram a adequabilidade da amostra para a realização da análise fatorial, sendo o resultado semelhante ao encontrada por Valladares (2012). A confiabilidade das dimensões também foi observada, assegurando a confiabilidade e validade da Escala da Capacidade de Inovação para uso em estudos no setor financeiro brasileiro
Verificou-se que os componentes da capacidade de inovação se manifestaram nas organizações do setor financeiro e validou-se instrumento de pesquisa sobre capacidade de inovação. Observou-se como os componentes são percebidos pelos profissionais das organizações lócus do estudo, identificando existência de diferenças significativas de percepção (p≤0.001). Quanto à influência de cada componente no construto global, verificou-se que a Gestão Estratégica da Tecnologia e a Liderança Transformadora destacam-se como os componentes que mais influenciam a Escala de Capacidade de Inovação Global
Ahmed, P. K. (1998). Benchmarking innovation best practice. Bhatt, A., & Bhatt, S. (2016). Factors affecting customer’s adoption of mobile banking services. Teece, D. J. (2017). Towards a capability theory of (innovating) firms: implications for management and policy. Valladares, P. S. D. A. (2012). Capacidade de inovação: Análise estrutural e o efeito moderador da organicidade da estrutura organizacional e da gestão de projetos. Valladares, P. S. D. A., Vasconcellos, M. A., & Di Serio, L. C. (2014). Capacidade de inovação: revisão sistemática da literatura.