Resumo

Título do Artigo

ESTRATÉGIA DE INVESTIMENTO LONG-SHORT COM CARTEIRAS CRIADAS A PARTIR DE MODELOS LONGITUDINAIS BINÁRIOS E MULTINOMIAIS
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Palavras Chave

estratégias de investimento
long-short
modelos longitudinais

Área

Finanças

Tema

Técnicas de Investimento

Autores

Nome
1 - José Erasmo Silva
UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA (UNIMEP) - Piracicaba
2 - Maria José de Camargo Machado
UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA (UNIMEP) - PPGA
3 - Maria Imaculada de Lima Montebello
UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA (UNIMEP) - Ciências Sociais Aplicadas
4 - Jorge Luiz dos Santos Silva
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Reumo

Estratégias de investimento sempre foram muito discutidas e o ponto central é a possibilidade de minimizar o risco e maximizar o retorno dos investimentos. Desde de Markowitz (1952), que transformou drasticamente a forma de investir, migrando do conceito de investir todo o capital onde acreditava-se haver a maior probabilidade de retornos, para o conceito de investir de forma diversificada, muitos outros estudos surgiram. Apesar de inúmeras ferramentas terem surgido desde Markowitz (1952) a ideia da diversificação para minimizar riscos e proteger a riqueza do investidor continua atual.
Devido a melhora na liquidez do mercado, assim como o aperfeiçoamento dos investidores a partir de publicações acadêmicas, a lucratividade de algumas estratégias de investimento tende a diminuir e até mesmo desaparecer (AVRAMOV et al., 2017). Nesse sentido, novas estratégias devem ser desenvolvidas. O objetivo principal do presente artigo é criar duas carteiras long-short a partir de dois modelos longitudinais, um binário e um multinomial, e verificar se são capazes de promover retornos maiores e com menor risco que a carteira teórica do Ibovespa.
O referencial teórico explorou desde o seminal artigo de Markowitz até os mais recentes achados sobre a formação de portfólios long-short. Procurou-se mostrar o crescente interesse pela estratégia long-short que pode ser utilizado como uma estratégia isolada ou em conjunto com outras. É importante frisar que muitos autores tem alertado sobre a necessidade de se renovar os modelos de investimento existentes dado que os modelos antigos tendem ser cada vez menos eficientes com as mudanças no mercado e perfil dos investidores.
Para alcançar o objetivo utilizou-se uma abordagem quantitativa, focando na relação entre variáveis independentes e variável dependente utilizando procedimentos estatísticos. Foram coletadas as informações trimestrais consolidadas de todas as empresas listadas, ativas e inativas, de 2010 a 2018. Para seleção das ações para formar as carteiras foram utilizados modelos longitudinais binários e multinomiais.
A carteira construída a partir do modelo binário apresentou desvio padrão de 12,30%, retorno total de 587,36%, média trimestral de 6,28% e índice Sharpe de 51,05%. A carteira construída a partir do modelo multinomial apresentou 6,83% de desvio padrão, 79,90% de retorno total, média trimestral de 1,87% e índice Sharpe de 27,32%. Para o mesmo período a carteira teórica Ibovespa apresentou 8,17% de desvio padrão, 36,52 de retorno total, 1,20% de média trimestral e 14,68% de índice Sharpe.
Conclui-se, portanto, que é possível construir carteiras de investimento long-short a partir dos modelos longitudinais binários e multinomiais, sendo que o modelo binário apresentou maior retorno, porém maior risco que o mercado e o modelo multinomial se mostrou mais seguro e mais rentável, mas sem validação da diferença nas médias.
FÁVERO, Luiz Paulo; BELFIORE, Patrícia. Manual de análise de dados: estatística e modelagem multivariada com Excel®, SPSS® e Stata®. Elsevier Brasil, 2017. GUERARD, J. B.; XU, G.; WANG, Z. Portfolio and Investment Analysis with SAS: Financial Modeling Techniques for Optimization. Cary, NC: Inc., SAS Institute, 2019. HARVEY, C. R. et al. The Best of Strategies for the Worst of Times: Can Portfolios be Crisis Proofed? The Journal of Portfolio Management, 2019.