Resumo

Título do Artigo

O Padrão Temporal e seus Efeitos na Sustentação das Operações Internacionais: Uma discussão teórica
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Palavras Chave

tempo
internacionalização
pré e pós entrada

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Internacional e Globalização

Autores

Nome
1 - Beatrice Maria Zanellato Fonseca Mayer
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - PPGA
2 - Dinorá Floriani
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Programa De Mestrado Profissional em Administração e Programa de Pós-Graduação em Administração

Reumo

O ensaio desenvolve-se sob duas perspectiva o Modelo de Uppsala e a International New Venture. Apesar de ambas considerarem o processo de internacionalização como dinâmico, o tempo é abordado por estas como um aspecto subjacente ao processo. O ensaio traz a cena o tempo como protagonista, e elabora e sustenta argumentos teóricos referentes a dimensão temporal. É argumentado sobre a existência de duas fases no processo, a pré-entrada e a pós entrada, sendo que os propulsores e as consequências destas duas fases são distintas, porém, interdependentes e sugere novas proposições.
Compreendendo que o tempo é abordado como um aspecto subjacente à internacionalização, objetiva-se discutir a dimensão temporal, padrões e efeitos, na sustentação das operações internacionais. Na abordagem comportamental, as vertentes, Modelo de Uppsala (JOHANSON; VAHLNE, 1997, 2009); e International New Venture (OVIATT; MCDOUGALL, 2005) compreendem o processo como dinâmico, porém divergem no que concerne a linearidade e a continuidade deste, tendo compreensões distintas sobre o aspecto temporal na internacionalização.
O tempo na internacionalização pode ser analisado em diferentes momentos (IBEH et al., 2018). Mas, os aspectos que reduzem o tempo para o início da internacionalização diferem daqueles que reduzem o tempo na expansão em períodos subsequentes (ZUCCHELLA et al., 2007). Fatores externos reduzem o tempo na entrada, mas que no pós-entrada serão os fatores internos que influenciarão. Estudos avançam em entender a relação do tempo de entrada com as estratégias do pós-entrada e suas consequências (SADEGHI et al., 2018).
Pressupondo que os padrões temporais podem diferir nas fases pré e pós entrada da internacionalização, os efeitos também poderão diferir. Existem duas questões relacionadas, mas distintas sobre o tempo: i) o intervalo entre a fundação da empresa e o início de suas operações internacionais; ii) o tempo que indica a velocidade do crescimento internacional subsequente (Autio et al.2000). Argumenta-se sobre a distinção e a interdependência das fases, e que para compreender esta interdependência o tempo requer ser estudado nas dimensões objetiva e subjetiva.
Os resultados da fase de pré internacionalização implicarão nas ações subsequentes na fase pós entrada, demandando-se o tratamento dos dois marcos temporais, pré e pós, conjuntamente. Essas duas fases são interdependentes, sendo o que ocorre na pré terá um efeito duradouro na pós entrada, por haver uma interligação e interação entre passado, presente e futuro. para que o tempo resulte em efeitos positivos ao longo da internacionalização, este precisa ter padrões coerentes e consistentes, entre as fases de entrada e pós entrada, e resultantes do aprendizado ocorrido nesta trajetória.
AUTIO, et all.Effects of age at entry, AMJ, v.43,p902-924, 2000. IBEH, K; et all. Consolidating and advancing knowledge on the post-entry performance of INV. ISBJ, v36,p741-757, 2018. JOHANSON, J; VAHLNE, J. The internationalization process of the firm. JIBS, v8, p23-32, 1977 e 2009. OVIATT, B. M.; MCDOUGALL, P. P. Defining International Entrepreneurship ETP v29,p537-554, 2005. SADEGHI, et all. Disentangling the effects of post-entry speed of internationalization. ISBJ, 2018. ZUCCHELLA, et all. The drivers of the early internationalization of the firm. JWB,v42p. 268-280,2007.