1 - Marcelo Fernando Viante UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE (UNICENTRO) - Mestrado Profissional em Administração
2 - Silvio Roberto Stefano UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE (UNICENTRO) - Guarapuava
3 - Zoraide da Fonseca Costa UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE (UNICENTRO) - Guarapuava
Reumo
O aumento no consumo de aparelhos celulares por toda a sociedade é incentivado pela indústria da tecnologia que busca fomento o mercado com novos modelos e funcionalidades. Tal consumo aumenta exponencialmente a quantidade de lixo eletrônico despejado no meio ambiente. Inseridos nesse contexto estão os microempreendedores individuais que através de ações formais ou informais são responsáveis pela geração de uma parte do lixo eletrônico.
Foi pesquisado um Microempreendedor Individual (MEI), localizado na mesorregião Centro-sul do interior do Estado do Paraná, o qual com a aquisição de um financiamento de microcrédito formalizou seu empreendimento e começou a fazer o recolhimento apropriado do lixo eletrônico gerado pela sua atividade profissional. O empreendedor atua com a manutenção de celulares e microcomputadores, e comércio de produtos periféricos como mouses, teclados, telas, capas, películas, entre outros.
O empreendedor pesquisado exerceu a prestação dos seus serviços na informalidade, realizando reparos e assistências em outras empresas, não ocorrendo o tratamento correto de todo lixo eletrônico produzido. Com o conhecimento do microcrédito e posteriormente sua formalização com o advento do recurso financeiro o empreendedor foi capaz de atingir um público maior de clientes e fazer a destinação correta do e-lixo em atendimento a legislação vigente.
Trata-se de um estudo de caso, com características qualitativas e descritiva, com o objetivo de evidenciar a importância da coleta do lixo eletrônico e do microcrédito no fomento de novos microempreendimentos. Para coleta de dados utilizou-se uma entrevista semiestruturada com o empreendedor e análise de documentos fornecidos pela administração pública.
Com o advento do microcrédito e sua formalização o empreendedor foi capaz de realizar a destinação correta de todo o lixo eletrônico produzido pela sua atividade e também pelas empresas atendidas por ele, impedindo que quase 60kg de lixo eletrônico fossem descartados no lixo comum ou ainda no meio ambiente.
Por meio da pesquisa observou-se a importância do microcrédito como ferramenta de desenvolvimento social e também como um incentivo para destinação correta do lixo eletrônico produzido pela sua atividade profissional.