Reconstituição da Confiança
Governança Corporativa
Empresas Familiares
Área
Estudos Organizacionais
Tema
Comportamento Organizacional
Autores
Nome
1 - Denise Casagrande da Rocha UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS (UNISINOS) - Sâo Leopoldo
2 - Claudia Cristina Bitencourt UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS (UNISINOS) - Programa de Pós-Graduação em Administração
Reumo
O debate sobre o tema da reconstituição da confiança, chega aos dias de hoje envolvendo empresas brasileiras (familiares ou não) e as suas respectivas governanças corporativas. Tendo em vista a importância deste tema, atualmente, este artigo busca responder como ocorre o processo de reconstituição corporativa em empresas familiares.
Entender como ocorre o processo de reconstituição da confiança na governança corporativa em empresas familiares, na visão dos stakeholders, após o enfrentamento de situações específicas que resultaram em quebra de confiança destes.
A importância de entender-se a reconstituição da confiança na governança corporativa em empresas familiares, na ótica dos stakeholders, foi verificada nas lacunas da revisão bibliográfica realizada. A teoria institucional respalda a governança corporativa como uma instituição, uma vez que as empresas buscam implementá-la como forma de obter a homogeneidade e a legitimação do mercado. Já no contexto de empresas familiares, a teoria dos stakeholdres propõe atender as expectativas dos diferentes públicos e não somente da família empresária.
Com base no framework dos elementos que impactam no processo de reconstituição da confiança, apresentam-se 3 proposições teóricas:1)Em empresas familiares a reputação corporativa é causa e consequência da confiança dos diferentes stakeholders na governança corporativa;2)A quebra da confiança ou desconfiança existentes, não são impeditivas para a reconstituição da confiança;3)A reconstituição da confiança em empresas familiares depende do alinhamento dos valores da família e da governança corportativa e da expressão consistente destes na gestão do negócio e dos relacionamento dos stakeholders.
Os elementos que concorrem para constituição da confiança na governança corporativa são base para as iniciativas de sua reconstituição.Apesar da forte carga afetiva presente no funcionamento e nas relações nas empresas familiares, acredita-se que quando se trata de reconstituir a confiança dos stakeholders na governança corporativa é necessário privilegiar ações de caráter cognitivo e comportamental, as quais propiciem maior transparência (interna e externa)aos valores da família e aos da própria governança corporativa (regras do jogo) de maneira consistente (discurso x prática).
Foram estudados mais de 80 autores. Entre eles: Mcallister (1995); Mollering (2011); Gillespie, Dietz (2009); Sharma, Chrisman, Chua (1997); Gersick et al. (1997); Gomez-Mejia et al., (2007), Rossetti, Andrade (2014); Freeman (1984); Freeman, Mcvea (2000); Dimaggio, Powell (1983); Meyer, Rowan (1991); Willamson (1993).