Resumo

Título do Artigo

FORMAÇAO SUPERIOR E A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA: PROPOSTA DE ELABORAÇÃO DE UM IPCM
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Palavras Chave

Carreira
Tecnologia
Mulher

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Carreiras e Competências

Autores

Nome
1 - Danilo Nunes
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO (PUCSP) - Programa de Estudos Pós-graduados em Administração
2 - Leonardo Nelmi Trevisan
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO (PUCSP) - FEA PUC/SP
3 - Jerônimo Henrique Portes
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO (PUCSP) - Perdizes
4 - Simeia de Azevedo Santos
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO (PUCSP) - Campus Perdizes
5 - Daniela Mary Terra Ferreira Pinto
PUC-SP - Pontifícia Universidade de São Paulo - perdizes

Reumo

Para a maioria da população, as mudanças acontecem de forma bem gradual. Uma das razões é que os recursos advindos dos avanços tecnológicos não estão disponíveis para todas as sociedades de maneira equilibrada. Todavia, mesmo as funções mais manuais em lugares remotos do mundo podem sofrer impacto devido às tecnologias, seja pelo avanço tecnológico local, seja por terceirizações com valores inferiores ou por produções robotizadas. Esses fatores são alguns dos que influenciam as oportunidades de emprego disponíveis em cada comunidade.
O ser humano sempre vem enfrentando mudanças e evoluções no trabalho, e a tecnologia tem acelerado a velocidade desse processo. Esse crescente avanço tecnológico vem alterando as formas de se fazer negócios no mundo e influenciando diretamente no surgimento de novas formas de trabalho. Até que ponto esses novos cenários ameaçam as profissões já existentes, neste estudo priorizando às exercidas pelas mulheres. O objetivo da presente pesquisa foi explorar as perspectivas das carreiras relacionando-as com as formações universitárias e com as novas tecnologias, a partir da percepção feminina.
A evolução tecnológica sugere alterações nas formas de trabalho, indicando novos perfis de profissionais e novas profissões para o futuro. O trabalhador do conhecimento se caracteriza por múltiplas habilidades e exigência de maiores capacidades intelectuais em detrimento da necessidade do uso da força física (EDGELL, 2012). Já Schwab (2016) destaca que podemos ter dois campos de percepção no mercado de trabalho: os trabalhadores que encontrarão novos empregos com a tecnologia desencadeando uma nova era de prosperidade, ou àqueles que acreditam que haverá um novo armagedon social e político.
Foi aplicado um questionário contendo 10 perguntas com respostas estruturadas em escala Likert com graduação de 1 a 5 e uma questão aberta a 148 mulheres cursando o primeiro semestre em 7 cursos de uma faculdade da Baixada Santista. Com os resultados desta pesquisa, elaborou-se uma proposta de Índice de Percepção de Carreira da Mulher – IPCM – com base na formação superior e avanços tecnológicos. Os estudos estatísticos realizados para compor o índice foram feitos com o auxílio do software Minitab
As análises do índice revelaram uma visão otimista do futuro da carreira da mulher, porém as respostas analisadas por pergunta isoladamente revelaram que, apesar dessa visão, quando perguntado sobre o grau de conhecimento de termos mais técnicos, como Machine Learning, Big Data e Industria 4.0, o percentual de conhecimento foi relevantemente inferior à percepção do todo. A questão aberta foi categorizada em sete grupos, sendo que o maior percentual está ligado à realização pessoal e o que apresentou o menor valor diz respeito à categoria definida como postura conservadora ou retrógrada.
A pesquisa realizada ajuda a entender o perfil da mulher no mercado de trabalho, podendo reforçar a sua preocupação com o futuro da sua carreira, em que a aderência com realização pessoal, melhores oportunidades de carreira, interesse por uma maior qualificação e continuidade dos estudos é bastante evidente. Há uma aposta no curso superior como um determinante para o desenvolvimento de carreira ressaltando-se, também, o nível de percepção geral sobre as tendências à automação e seus impactos nas oportunidades de carreira
BRUSCHINI, C. Mulher, casa e família. São Paulo: Vértice; Fundação Carlos Chagas; Revista dos Tribunais, 1990. EDGELL, Stephen. The Sociology of Work: Continuity And Change In Paid And Unpaid Work, Sage Publications, 2012. HIRATA, Helena. Globalização e divisão sexual do trabalho. Cadernos Pagu, n. 17-18, pp.139-156 fev. 2002. LONDON, M. Toward a theory of career motivation. Academy of Management Review, EUA, v. 8, n. 4, p.620-630, 1983. _______ ; STUMPH, S.A. Managing careers. Reading, MA: Addison-Wesley, 1982. SCHWAB, Klaus. A quarta revolução industrial. São Paulo: Edipro, 2016