Resumo

Título do Artigo

UM ESTUDO SOBRE A INFLUÊNCIA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO NA RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA DE BANCOS ISLÂMICOS
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Palavras Chave

Governança Sharia
Finanças Islâmicas
Bancos Islâmicos

Área

Finanças

Tema

Governança, Risco e Compliance

Autores

Nome
1 - AHMED SAMEER EL KHATIB
CENTRO UNIVERSITÁRIO ÁLVARES PENTEADO (FECAP) - Liberdade
2 - Fabio Gallo Garcia
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO (PUCSP) - fea
3 - Elmo Tambosi Filho
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Reumo

No contexto corporativo islâmico, as responsabilidades sociais representam o conceito de fraternidade ou Ukhuwah de um para outro. Assim, o papel social é muito importante para os bancos islâmicos e eles podem ser descritos como bancos que têm uma face social para a sociedade (HANIFFA; HUDAIB, 2007; AL-MUBARAK; OSMANI, 2010; HASAN; SITI-NABIHA, 2011). Este papel é principalmente um reflexo da importância de manter os princípios islâmicos sobre os quais esses bancos operam e como abordam essas questões sociais (MAALI et al., 2006; MAALI; NAPIER, 2010).
O objetivo deste estudo foi examinar o efeito das características do conselho de administração (tamanho do conselho de administração, composição do conselho e dualidade do CEO) na divulgação de RSC pelos bancos islâmicos nos países do CCG. O estudo constatou que todos os três atributos do conselho de administração não têm impacto sobre a divulgação da RSC, o que pode ser devido à ausência de alguns outros aspectos importantes dos elementos de governança corporativa.
As finanças islâmicas podem ser definidas como o conjunto de operações de natureza financeira e consoantes com a Sharia ou Lei Islâmica. À primeira vista, portanto, nada mais seriam além de práticas financeiras sujeitas a um regramento específico, cujas bases normativas, nesse caso, não seriam dadas por atos normativos seculares, tal como ocorrem em outros sistemas jurídicos, mas sim pelo Corão e pela Suna, as fontes primárias da Sharia.
O estudo utilizou dados transversais dos relatórios anuais dos bancos islâmicos nos países do CCG para o ano de 2017. A partir da triagem de todos os bancos islâmicos que operam nos países do CCG, apenas 53 bancos islâmicos forneceram seus relatórios anuais para fins de análise. Esse tamanho de amostra é bastante aceitável e comparável com as amostras usadas na maioria dos outros estudos de divulgação de RSC (e.g., SAID et al., 2009; LI et al., 2008; PLATONOVA, 2014; HARUN, 2016).
O tamanho do conselho não tem impacto significativo na divulgação de RSC, e, dessa forma, aceita-se a hipótese 1. Esta conclusão é consistente com estudos anteriores (e.g., ARCAY; VÁZQUEZ, 2005; SAID et al., 2009). O mesmo se aplica à composição do conselho, que surpreendentemente mostra uma relação negativa com a divulgação de RSC. Assim, a hipótese 2 é rejeitada. Esse resultado também é apoiado por estudos anteriores de Eng e Mak (2003) e Barako et al. (2006).
As principais conclusões dos resultados empíricos indicam que a decisão de fornecer a divulgação de RSC é orientada pelo tamanho do banco e público relevante, mas não pela estrutura de governança. Os resultados deste estudo estão sujeitos a várias limitações. Este estudo foca apenas em divulgações em relatórios anuais corporativos, embora se saiba que a administração pode usar outros meios de comunicação. Portanto, pesquisas futuras poderiam considerar divulgações em outras mídias, como jornais, internet e etc. o
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