Resumo

Título do Artigo

Transferência de tecnologia como agente estimulador da cultura de inovação: um caso aplicado à UFMG.
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Palavras Chave

Transferência de Tecnologia
Núcleo de Inovação Tecnológica
Inovação

Área

Artigos Aplicados

Tema

Empreendedorismo, Tecnologia e Inovação

Autores

Nome
1 - João Leandro Cássio de Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG - Campus Pampulha
2 - João Francisco Sarno Carvalho
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Icex

Reumo

As universidades exercem um papel fundamental no fomento à inovação, pois de acordo com a hélice tripla, as universidades, empresas e governos são atores basilares para que uma tecnologia se transforme em inovação, além de servir como fontes alternativas de financiamentos das próprias universidades. A lei da Inovação (2004) é quem respalda a que as transferências das tecnologias possam ser viabilizadas pelas universidades. Essa lei preconiza que para realização de transferências de tecnologias, a universidade deverá possuir um órgão responsável pela gestão de tecnologias, os chamados NIT’s .
A partir da criação dos Núcleos de Inovação Tecnológica - NIT's, esperava-se que o empreendedorismo docente fosse estimulado. De acordo com Baldini, Grimaldi, & Sobrero (2007) as instituições com regras internas para estimulo de produção de tecnologia e patenteamento demonstram aos pesquisadores seu empenho em promover uma mudança cultural, em desenvolver um ambiente empreendedor e inovador. Com base nisso, foi feito um estudo no NIT da UFMG, entre os anos de 2012 a 2017, buscando entender um caso prático de um NIT pela ótica das transferências de tecnologias.
Problema: Como o incentivo à transferência de tecnologia pode servir de plataforma para o fortalecimento de uma cultura de inovação em uma universidade pública brasileira? Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo analisar, através do caso da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), as contribuições do fomento a transferências de tecnologias pela ótica da gestão de patentes, tipo de inovação das tecnologias desenvolvidas e grau de participação empreendedora dos docentes. A UFMG é Instituição Federal de Ensino Superior (IFES) com maior número de produção de patentes (UFMG, 2017).
Neste artigo, trazemos a discussão de como o incentivo à transferência de tecnologia poder servir de estímulo a disseminação da cultura de inovação, através da análise de proteção de tecnologias por patentes, grau de inovação das tecnologias e participação dos docentes após a transferência no NIT da UFMG.
Observou-se que as tecnologias transferidas pela UFMG entre 2012 a 2017, obteve-se se resultados em relação ao tipo de inovação (radical ou incremental), grau de proteção pantentária, participação de docentes em tecnologias após o licenciamento. Das tecnologias transferidas: 6,67% das tecnologias são tradicionais, 11,67% inovações radicais e 81,67% de inovação incrementais, 28,33% não eram patenteadas, ao passo que 71,67% eram patenteadas e por fim, 7% das tecnologias transferidas possuem participação de professores, contra 93% que não possuem participação de professores após o licenciamento.
Temos que 6% das tecnologias não são de bases tecnológicas, outros 94% são inovações radicais ou incrementais. Sob o prisma da proteção das tecnologias por patentes, a grande maioria das tecnologias da UFMG estão sob patentes, em relação à capacidade empreendedora dos docentes, ou a capacidade dos docentes em empreender e criar spin-offs da Universidade, entendemos que as perspectivas são otimistas, principalmente do advento do marco legal, mas assim como objetivo do docente em produzir tecnologias inovadoras associado a preocupação em patentear suas tecnologias desenvolvidas em suas pesquisas