Contabilidade gerencial
Artefatos da contabilidade gerencial
Tomada de decisão
Área
Finanças
Tema
Contabilidade
Autores
Nome
1 - Eliane Evangelista Correia UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - Mestrado Profissional em Administração
2 - afonso carneiro lima UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - PPGA
Reumo
Atkinson, Kaplan, Matsumura e Young (2015) destacam a contabilidade gerencial como o processo de se fornecer, a gerentes e funcionários de uma organização, uma informação relevante, seja esta financeira, ou não, para fins de tomada de decisões, alocação de recursos, monitoramento, avaliação e recompensa por desempenho. De maneira geral, a sobrevivência das corporações exige a implementação de políticas e práticas que contribuam para se alcançar sucesso econômico, em longo prazo, em função do seu relacionamento com todas as partes interessadas (Oliveira, Oliveira, Daher, & Ribeiro, 2006).
Tendo em vista os desafios de lucratividade e crescimento a essas empresas, este trabalho visa responder a seguinte pergunta: qual a relação entre a utilização dos artefatos modernos da contabilidade e o porte e o desempenho econômico-financeiro em empresas brasileiras concessionárias de distribuição de energia elétrica? Assim, seu objetivo seria analisar a relação entre a utilização dos artefatos modernos da contabilidade por essas empresas e o porte, o desempenho econômico-financeiro e a qualidade dos serviços prestados por elas.
Teixeira, Gonzaga, Santos e Nossa (2011) analisaram a existência de uma ligação entre o porte das duzentas maiores empresas do Estado do Espírito Santo e a utilização de ferramentas gerenciais, segundo o ranking da revista da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes). Não se verificou, no entanto, uma associação significativa entre a variável tamanho dessas empresas e a utilização de tais ferramentas. Os resultados evidenciaram em favor de que maiores ativos estão positivamente associados a uma maior quantidade e intensidade de uso de ferramentas da contabilidade gerencial.
Seguindo essa linha de raciocínio, adotou-se a técnica de amostragem por quotas tendo em vista a manutenção da proporcionalidade de características fundamentais, presentes na população, na amostra final (Curwin & Slater, 2007; Cochran, 2007). A amostragem por quotas consiste em uma amostra deliberadamente selecionada com base no julgamento do(a) pesquisador(a), restrita a dois estágios: a geração de categorias ou quotas de controle de elementos da população e a seleção dos elementos da amostra, com base em conveniência ou julgamento (Malhotra, 2012).
O resultado da pesquisa demonstrou que a utilização de artefatos modernos não implicará em um melhor desempenho econômico-financeiro convergindo com dados encontrados na pesquisa de Reis e Teixeira (2013) onde não evidenciaram relação entre a utilização de artefatos modernos com desempenho financeiro diferenciado, ou seja, o grupo classificado como tradicional apresentou as mesmas médias de desempenho do grupo classificado como moderno.
Convergindo ao resultado encontrado nesta pesquisa, Morais, Coelho e Holanda (2014) observaram que a quantidade de artefatos implementados per se não contribui
De acordo com a Tabela 5, adotando-se o teste de correlação de Kendall, pode-se concluir que não existe correlação entre a quantidade de artefatos com o desempenho econômico-financeiro das concessionárias (p-valor > 0,05); os indicadores DGC e Rentabilidade estão correlacionados, significativamente, com o indicador de Eficiência; o indicador de Eficiência está correlacionado, excepcionalmente, com a satisfação dos clientes; e, a eficiência das empresas pode ser impactada pelo seu bom desempenho financeiro, e como consequência, pode garantir uma melhor percepção, diante do consumidor.
Curwin, J., & Slater, R. (2008). Quantitative Methods for Business Decisions. London: Thomson.
Field, A. (2009). Descobrindo a Estatística Usando o SPSS. Porto Alegre: Artmed.
Guerreiro, R., & Soutes, D. O. (2013). Práticas de Gestão Baseada no Tempo: Um Estudo em Empresas no Brasil. Revista Contabilidade & Finanças, 24(63), pp. 181-194. doi:10.1590/S1519-70772013000300002
Morais, O. d., Coelho, A. C., & Holanda, A. P. (2014). Artefatos de Contabilidade Gerencial e Maximização do Valor em Firmas Brasileiras. Contabilidade e Controladoria, 6(2), pp. 128-146. doi:10.5380/rcc.v6i2.35409