Resumo

Título do Artigo

PERFIL DA ALTA ADMINISTRAÇÃO E DESEMPENHO EMPRESARIAL
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Palavras Chave

Conselho de administração
Diretoria executiva
Desempenho econômico

Área

Finanças

Tema

Governança, Risco e Compliance

Autores

Nome
1 - Danival Sousa Cavalcante
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade
2 - Igor Rodrigo Menezes Teodósio
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade
3 - MÁRCIA MARTINS MENDES DE LUCA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade
4 - Vanessa Ingrid da Costa Cardoso
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Programa de Pós-Graduação em Administração e Controladoria

Reumo

Além dos indicadores de desempenho econômico, a governança corporativa tem sido utilizada como instrumento de mensuração de desempenho, principalmente por meio do conselho de administração (Silva & Moraes, 2006). Dentre os vários atributos desse órgão, destacam-se tamanho, remuneração dos seus membros e gênero. Tais características também estão presentes na diretoria executiva, neste estudo considerada alta administração. Espera-se que a alta administração, que intervém diretamente no processo decisório e nas estratégias das empresas, alcance melhoria de desempenho.
O estudo propõe a seguinte questão: Qual a relação entre o perfil da alta administração e o desempenho econômico nas empresas de capital aberto no Brasil? Objetivo geral é investigar a relação entre o perfil da alta administração e o desempenho econômico nas empresas de capital aberto no Brasil. Os objetivos específicos são: descrever o perfil da alta administração nas empresas brasileiras de capital aberto; verificar possíveis diferenças no desempenho econômico das empresas a partir do perfil da alta administração, quanto ao tamanho desses órgãos, ao gênero e à remuneração dos seus membros.
Percebe-se que a alta administração, aqui representada pelo conselho de administração e pela diretoria executiva, se estabelece como destaque na estrutura de governança corporativa – em especial nas atividades de gestão e monitoramento para mitigar os conflitos de interesses, baseado na Teoria da Agência (Jensen & Meckling, 1976; Valadares & Leal, 2000) –, e intervém diretamente no processo decisório e no desempenho econômico (Alves & Krauter, 2014). A literatura aponta que as características da alta administração têm relação com o desempenho empresarial (Khan & Vieto, 2013; Krauter, 2013).
Investiga-se a relação entre o perfil (tamanho, gênero e remuneração, além da dualidade, acúmulo de cargos e mandato) da alta administração (conselho de administração e diretoria executiva) e o desempenho econômico empresarial (ROA, ROE e EBITDA), a partir de dados obtidos dos formulários de referência e da base Economática®, do exercício de 2016, de 182 empresas dos níveis diferenciados de governança corporativa da B3. Para análise dos dados, realizou-se estatística descritiva, teste de diferenças entre médias, análise de correlação e análise de correspondência.
O tamanho e a remuneração da alta administração são as únicas variáveis que têm relação positivamente significante com as medidas de desempenho (EBITDA, ROA e ROE), seguindo o mesmo sentido em suas variações. O gênero do chairman tem correlação negativa somente com o Ebitda, enquanto a remuneração média per capita tem correlação positivamente significante apenas com o Ebitda. A união ou separação de gêneros na alta administração não provoca diferenças no desempenho. Com base exclusivamente no Ebitda, o desempenho aumenta à medida que mais se remuneram os membros da alta administração.
O topo e a participação nos órgãos da alta administração são dominados por homens e a dualidade não é prática comum nas empresas analisadas. O tamanho e a remuneração total e média da alta administração são as únicas variáveis que têm relação positivamente significante com todas as medidas de desempenho estudadas. Quanto maior é o número de membros da alta administração, maior é o desempenho econômico. O gênero na alta administração não provoca diferenças no desempenho. A medida de desempenho Ebitda foi a única a se mostrar sensível à variação na remuneração dos membros da alta administração.
Alves, M. F. R., & Krauter, E. (2014). Remuneração executiva, existe contribuição para a performance da organização? Revista Globalização, Competitividade e Governabilidade, 8(2/3), 55-69 Jensen, M. C., & Meckling, W. H. (1976). Theory of the firm: managerial behavior, agency costs and ownership structure. Journal of Financial Economics, 3(4), 305-360 Valadares, S. M., & Leal, R. P. C. (2000). Ownership and control structure of Brazilian companies. Revista Abante, 3(1), 29-56 Khan, W. A., & Vieto, J. P. (2013). CEO gender and firm performance. Journal of Economics Business, 67(mai-jun), 55-66