Resumo

Título do Artigo

A IMPLEMENTAÇÃO DA MERITOCRACIA COMO PLATAFORMA DE DESEMPENHO EM UMA ENTIDADE ESPORTIVA DE ALTO RENDIMENTO
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Palavras Chave

Meritocracia
Desempenho
Entidade Esportiva

Área

Tecnológica

Tema

Estratégia

Autores

Nome
1 - Vinicius Lordello Cegalini
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - Barra Funda
2 - Fernando A. Fleury
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - sao paulo
3 - Marcos Vinícius Cardoso
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - Memorial

Reumo

Nas organizações corporativas a meritocracia é concebida quando os empregados são valorizados pelo que contribuem para os resultados. Por sua vez, as organizações promovem essa troca com a finalidade de comprometer o colaborador com os objetivos que quer alcançar. Neste cenário, aplicam-se os princípios da Meritocracia. No Esporte, onde a competição é caracterizada pelo desenvolvimento de atletas e a busca pela vitória, os conceitos de Meritocracia podem, ainda que adaptados, ser utilizados.
Fundado em 2002, o Instituto Tênis é uma instituição sem fins lucrativos que tem como principal objetivo colocar o Brasil entre os países com os melhores tenistas do mundo. A entidade acredita que o país tem um potencial mal explorado no tênis e investe em jovens talentos para formar atletas capazes de alcançar o posto de nº 1 nos próximos 20 anos. O Instituto é reconhecido como centro de treinamento referência para jovens atletas com foco no alto rendimento na modalidade.
O Instituto tem o desafio de proporcionar um ambiente altamente competitivo e estruturado para ajudar os atletas a alcançar o seu desempenho no limite máximo. Com um modelo de atuação pautado no mundo dos negócios, no qual metas e objetivos claros são cobrados e perseguidos, o Instituto Tênis precisava incentivar o desafio e desenvolver a capacidade técnica de seus atletas.
Um relatório com indicadores de desempenho em treinos realizados e torneios disputados por todos os atletas. Neles, todas as áreas (desempenho dentro de quadra e interdisciplinar) envolvidas no processo de desenvolvimento do atleta são monitoradas e mensuradas semanalmente. Através desta avaliação geral do atleta, há definição de uma série de temas meritocráticos, como a manutenção ou não do atleta na equipe, a escolha de um atleta para ser contemplado para uma bolsa e contrato com o Instituto.
Foi possível verificar o impacto positivo da Teoria da Meritocracia no desenvolvimento dos atletas. Todos os jovens estudados com desempenho mensurável (ranqueamento oficial e isento) apresentaram evolução no período de observação. Além de encontrarem desenvolvimento numeral na lista que os ranqueia entre os melhores tenistas juvenis, fica evidente que a teoria da meritocracia cabe, sim, ao universo do esporte que busca resultado no alto rendimento.
Não é possível descartar a hipótese de que os atletas, sem que tivessem seus treinamentos regidos pela Teoria da Meritocracia, obtivessem desempenho semelhante. Contudo, a peculiaridade do esporte permite o entendimento de que o improvável é a evolução de todos os participantes e não o padrão. Isso porque há competitividade, e se sempre há quem queira ganhar uma disputa, não há quem sempre a queira perder. Vale a aplicação da meritocracia em outras entidades que queiram desenvolver seus atletas.