Resumo

Título do Artigo

INVESTIMENTOS EM INOVAÇÃO E RETORNO DAS AÇÕES: ANÁLISE NAS EMPRESAS INOVADORAS DOS BRIC
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Palavras Chave

INOVAÇÃO
P&D
RETORNO DAS AÇÕES

Área

Finanças

Tema

Apreçamento de Ativos

Autores

Nome
1 - Daniel Lucas Martins Portela
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - CCSA
2 - Renata Braga Berenguer de Vasconcelos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - Recife
3 - Joséte Florêncio dos Santos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - PROPAD e MPA
4 - Charles Ulises de Montreuil Carmona
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - CCSA

Reumo

Apesar de não haver resultados conclusivos, muitos dos estudos apontam que as inovações são valorizadas pelo mercado financeiro (HALL, 1988) e pelos investidores (ADCOK et al., 2013), e que tais investimentos refletem na rentabilidade da empresa (MATA; WOERTER, 2013), e retorno das suas ações (JOODE, 2011). Contudo, tais estudos são realizados em países desenvolvidos, cujas políticas de inovação já se encontram em maturidade. Diferentemente do que ocorre nos emergentes.
Se por um lado, as evidências dos retornos advindos pelo desenvolvimento da inovação podem justificar o comportamento dos agentes, por outro, o crescimento econômico dos países emergentes deve reforçar tal postura. Dada a relevância desses países na economia mundial, faz-se necessário verificar como a inovação pode afetar os retornos advindos. O objetivo é analisar a influência da inovação no retorno das ações das empresas inovadoras dos BRICS.
Hall (1998) demonstra que o mercado financeiro parece valorizar os investimentos em inovação, mais particularmente, em P&D. Adcock et. al. (2014) verificam, por exemplo, uma associação positiva entre medidas de inovação e retornos anormais no mercado europeu. Para Andreassi e Sbragia (2002), “o fato de a empresa investir em P&D não vai refletir diretamente em sua lucratividade em períodos futuros”.
Essa pesquisa é do tipo quantitativa, com análise multivariada de dados secundários, buscando descobrir relações por meio da regressão linear múltipla, por meio de dados em painel, de um modelo teórico derivado de Fama e French (1993). Desta forma, a regressão foi realizada por meio da introdução da variável investimento em P&D na regressão de três fatores de Fama e French (1993).
Partindo-se da correlação entre o investimento em P&D e o retorno das ações, nota-se que as variáveis parecem estar fracamente correlacionadas, todavia, demonstram melhores resultados quando o gap temporal entre elas se amplia, o que pode representar o surgimento dos efeitos trazidos pela inovação. Os resultados obtidos apresentam um poder explicativo da variância do preço das ações de cerca de 35% (R2 = 0,3498).
A análise da regressão demonstrou que diferentemente das outras variáveis apresentadas no modelo de Fama e French, o fator inovação não apresenta significância para a amostra considerada. Todavia, os resultados obtidos podem ser reflexos da defasagem incerta existente entre o investimento em inovação e seu impacto (Hall, 1998). Tais impactos podem ser observados e medidos quando os investimentos já foram realizados e são perceptíveis pelas empresas e pelo mercado (IBGE, 2011).
ADCOCK, C.; HUA, X.; MAZOUZ, K.; YIN, S. Does the Stock Market Reward Innovation? European Stock Index Reaction to Negative News during the Global Financial Crisis. Journal of International Money and Finance, [s.l.], v. 49, p.470-491, dez. 2014. JOODE, N. V. W. The relationship between innovation and stock returns: Does innovation explain stock market returns? 2011. 54 f. Tese (Doutorado) – Faculty Economics And Business Administration, Tilburg University, Tilburgo, 2011.