Resumo

Título do Artigo

INOVAÇÃO ABERTA COMO FATOR RELEVANTE PARA FLUXOS REVERSOS DE CONHECIMENTO: UMA INVESTIGAÇÃO DO SETOR DE O&G NO BRASIL
Abrir Arquivo

Palavras Chave

Inovação
Multinacionais
Subsidiárias

Área

Gestão da Inovação

Tema

Redes, Cooperação Tecnológica e Inovação Aberta

Autores

Nome
1 - Pedro Paulo Cortonesi
Centro Universitário da FEI-SP - São Paulo
2 - Fernanda Cecília Ribeiro Cahen
Centro Universitário da FEI-SP - São Paulo

Reumo

Estudos sobre os fluxos de conhecimento nas empresas multinacionais abordam a relevância do papel da subsidiária nos processos de inovação. Em sua recente tipologia, Zedtwitz et al. (2015) estabelecem uma estrutura teórica para explicar processos de inovação reversa entre unidades das EMN distribuídas em países de economia avançada e emergentes, sofisticando o conceito de inovação reversa originalmente trazido por Govindarajan e Trimble (2012).
A tipologia da inovação reversa de Zedtwitz et al. (2015) tem uma perspectiva interna à multinacional, analisa o processo de forma fechada (matriz – subsidiária), e não contempla a influência das redes locais na co-criação de inovação. Responderemos as perguntas: a) como se estabelecem as relações de co-criação e inovação entre as subsidiárias de multinacionais e os membros do cluster industrial? b)como a inovação aberta afeta a inovação reversa? c)como essa inovação é repatriada para a matriz?
Zedtwitz et al. (2015) apresenta em sua tipologia de inovação reversa sofisticando o conceito de Govindarajan e Trimple (2012). O modelo contempla ss relações de fluxos reversos numa perspectiva fechada, matriz-subisidárias. Se no modelo expandido considerarmos que possam ocorrer fenômenos como a inovação aberta, uma nova tipologia de inovação reversa que contemple também esse fenômeno deve ser considerado.
Para explorar “como” e “porquê” a inovação aberta se insere na tipologia existente da inovação reversa em subsidiárias de multinacionais, escolhemos um estudo de caso exploratório como metodologia de pesquisa. Estudamos a indústria do petróleo no Brasil, analisando-se os processos de inovação da subsidiaria da FMC Technologies, com os seus diversos stakeholders. A coleta de dados deu-se na: subsidiária da FMC Technologies; e com cinco stakeholders. Realizamos nove entrevistas presenciais.
Concluímos que as relações e os processos de co-criação entre os diversos stakeholders da subsidiária da FMC Technologies, bem como entre os diversos membros do cluster industrial, ainda se encontram em fase de desenvolvimento, mas acontecem. A transferência, mesmo que temporária, de funcionários brasileiros da subsidiária da FMC para a Noruega e Houston é uma forma de repatriação do conhecimento para outras unidades da EMN, mesmo que de uma forma menos estruturada.
Nossas análises com a FMC e stackholders permitiram validar a existência da inovação aberta de forma inerente e antecessora à inovação reversa no segmento industrial estudado. Embora Zedtwitz et al. (2015), não tivesse a intenção de analisar todas as possíveis formas de inovação que poderiam ocorrer de forma simultânea à inovação reversa em sua tipologia, entendemos que a inovação aberta, no segmento de O&G, é extremamente relevante, para ser desconsiderada.
ZEDTWITZ, M. et al. A typology of reverse innovation. Journal of Product Innovation Management, s.l., v. 32, n. 1, p. 12–28, 2015. GOVINDARAJAN, V.; TRIMBLE, C. Inovação reversa: descubra as oportunidades ocultas nos mercados emergentes. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.