Resumo

Título do Artigo

INTEGRAÇÃO DO CONHECIMENTO E INOVAÇÃO ABERTA: UM ENFOQUE INTERCULTURAL
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Palavras Chave

Inovação Aberta
Integração do Conhecimento
Interculturalidade

Área

Gestão da Inovação

Tema

Redes, Cooperação Tecnológica e Inovação Aberta

Autores

Nome
1 - Kleber Luís Celadon
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - FEA
2 - Roberto Sbragia
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - EAD-FEA

Reumo

A entrada e saída de conhecimentos fazem parte dos processos de inovação, e envolvem práticas que encorajam a participação dos trabalhadores na busca de oportunidades, por meio dos múltiplos canais existentes no mercado. A integração desse conhecimento depende também das culturas profissionais dos envolvidos, e varia em escopo, podendo ser mais ou menos flexível no que diz respeito à capacidade de construir iniciativas inovadoras sobre as já existentes, principalmente na inovação aberta.
Conforme o contexto se torne cada vez mais competitivo, as empresas serão desafiadas a criar produtos diferenciados e a buscar novos mercados em busca de vantagens competitivas sustentáveis, criando novos desafios no que diz respeito à colaboração interempresarial e internacional. O objetivo deste estudo é revelar algumas nuances do desafio intercultural no âmbito da inovação aberta, uma vez que esta exige ações específicas e mais complexas do que a inovação tradicional.
Ao aplicar a IA, as empresas devem ser capazes de reconhecer o conhecimento disponível externamente que pode ser assimilado e aplicado comercialmente. Esta capacidade de reconhecimento, e até mesmo o desejo de inovar, estão estritamente relacionados à cultura profissional de cada organização, e podem ser desenvolvidos para melhorar as condições da empresa. Uma inovação bem-sucedida requer também a gestão das tensões de controle de flexibilidade, e outras relacionadas às práticas profissionais.
Nove estudos de caso realizados na indústria cosmética brasileira. Um questionário preliminar foi utilizado, tendo sido aplicado para cada empresa estudada, antes das entrevistas semiestruturadas. Este foi criado para que uma análise prévia fosse feita com relação aos diferentes graus de abertura das empresas, quais sejam, “mais aberta”, “híbrida” e “mais fechada”, de acordo com a quantidade e intensidade. As ideias sobre interculturalidade foram coletadas nas entrevistas.
Constatou-se que somente as empresas grandes utilizam estratégias voltadas à capacidade de absorção, demonstrando culturas mais permeáveis aos processos de inovação aberta, enquanto as PMEs ainda se apoiam em estratégias menos formais. A base comum de conhecimentos é normalmente formada por profissionais que possuem o mesmo tipo de graduação ou especialização, particularmente nas áreas de farmácia, biologia ou química, o que facilita a capacidade de absorção no setor.
Como resultado, pode-se dizer que as duas empresas líderes de mercado mostraram uma tendência maior em buscar conhecimento externo, mas também utilizam o conhecimento de P&D interno, enquanto as demais se concentraram predominantemente no conhecimento interno. A colaboração interdisciplinar e também a internacional são exemplos de mecanismos que aumentam a eficiência da assimilação, e é naturalmente mais fácil nas empresas que investem mais em qualificação de pessoas.
Acha, V. (2006). Open by design: the role of design in open innovation. London. Bengtsson, L., Niss, C., & von Haartman, R. (2008). Being Both Master and Apprentice: Promoting Knowledge Integration in a Distributed Industrialisation Process? Paper presented at the R&D Management Advanced Workshop, Linköping, Sweden. Berggren, C., Bergek, A., Bengtsson, L., & Söderlund, J. (2009). Exploring knowledge integration and innovation.