Resumo

Título do Artigo

Influência da estrutura de capital nas estratégias de inovação das indústrias listadas na BM&FBovespa
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Palavras Chave

Estrutura de Capital
Inovação
Teoria Pecking Order

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Competitiva

Autores

Nome
1 - Rafael Sales Almendra
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAAC
2 - Rayane Nogueira Aragao
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAAC
3 - Alessandra Carvalho de Vasconcelos
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAAC

Reumo

A escassez de recursos leva a firma analisar qual estrutura de capital atende as necessidades estratégicas da mesma, sendo assim, com a dinamicidade dos mercados, as empresas passam a valorizar os recursos que dispõem, principalmente os intangíveis, que são utilizados para a maximização do valor econômico da firma e criação de vantagem competitiva.
Levando em conta que a forma pela qual as firmas financiam suas estratégias são fatores que direcionam seus investimentos (O’BRIEN, 2003), e que as estratégias de inovação necessitam de investimentos para serem realizadas (ACS; ISBERG, 1991), a questão norteadora da pesquisa é: qual a relação existente entre estrutura de capital e estratégia de inovação? O objetivo geral do estudo é analisar a influência da estrutura de capital nas estratégias de inovação das indústrias listadas na BM&FBovespa.
Para Myers e Majluf (1984) existe uma hierarquia ou preferência por fontes de financiamento a serem utilizadas nos investimentos da firma. Como a estrutura de capital impacta na escolha estratégica das firmas, especialmente naquelas que adotam estratégias de inovação, então segundo essa Teoria as empresas devem financiar seus projetos de inovação, inicialmente, pelo fluxo de caixa gerado internamente, e, em seguida, por fundos externos.
A amostra é composta por 120 indústrias listadas na BM&FBovespa. O período de análise corresponde aos anos de 2013 a 2015. A estrutura de capital é mensurada pelos endividamentos de curto e longo prazo e total. A estratégia de inovação tem como proxies a quantidade de registro de patentes e dispêndios com P&D. Para atingir o objetivo da pesquisa aplicou-se a Análise de Correspondência Múltipla (ACM) e a regressão linear com dados em painel, para inferir acerca da relação entre os construtos.
Da ACM verificou a existência de associação entre níveis menores de endividamento com a adoção de estratégias de inovação. Da regressão linear, conclui-se que somente os endividamentos de longo prazo e total têm relação com a estratégia de inovação via registro de patentes, sendo que há influencia positiva daquelas sobre essa, rejeitando a hipótese de estudo, pois somente os endividamentos, longo prazo e total, influenciam a estratégia de inovação via patentes.
Os achados dessa pesquisa sugerem que as empresas utilizam primeiramente recursos internos, como o fluxo de caixa, para investir em estratégias de inovação e se utilizam de dívidas, sendo as de curto prazo em maior volume. Porém são as dívidas de longo prazo e total que determinam o financiamento das estratégias de inovação por meio de registro de patentes.
ACS, Z. J.; ISBERG, S. C. Innovation, firm size and corporate finance: an initial inquiry. Economics Letters, v. 35, n. 3, p. 323-326, 1991. MYERS, S. C.; MAJLUF, N. S. Corporate financing and investment decisions when firms have information investors do not have. Journal of Financial Economics, v. 13, p. 187-222, 1984. O’BRIEN, J. P. The capital structure implications of pursuing strategy of innovation. Strategic Management Journal, v. 24, n. 5, p. 415-431, 2003.