Resumo

Título do Artigo

Controle gerencial e ambidestria organizacional no segmento de software: classificações da literatura, estrutura dimensional e proposições de pesquisa
Abrir Arquivo

Palavras Chave

ambidestria
desempenho
software

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Competitiva

Autores

Nome
1 - Elizandra Severgnini
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM) - PCO - Programa de Pós Graduação em Ciências Contábeis

Reumo

A ambidestria organizacional indica a capacidade da organização em realizar duas tarefas ou ações simultâneas (Gibson & Birkinshaw, 2004), as quais podem ser conflitantes e podem dificultar ou facilitar o alcance de objetivos. A ambidestria organizacional busca utilizar o exploitation de recursos, capacidades, atenção e tarefas existentes, concomitantemente com a exploration de novos recursos, novas capacidades e novas tarefas (Simons, 2010; 1994; Gibson & Birkinshaw, 2004).
Diante do exposto, algumas questões ainda não foram respondidas de nosso conhecimento, sendo: Qual é a base teórica da ambidestria organizacional? Quais são os efeitos diretos, moderados ou curvilineares da ambidestria organizacional sobre o desempenho? Como ocorre a ambidestria organizacional segmento de software e quais são as referências fundamentais? Visando responder a todas essas questões, este artigo visa discutir a ambidestria organizacional pela perspectiva teórica, especificamente focada no segmento de software.
A ambidestria organizacional (Duncan, 1976) é tradicionalmente aplicada ao estudo das estratégias das organizações (March, 1991; Gibson & Birkinshaw, 2004) e à gestão da inovação (Tushman & O’Reilly, 1996; O’Reilly & Tushman, 2008). A associação dos preceitos da ambidestria organizacional na esfera da Administração e Contabilidade é marcada pelo estudo de Simons (1995), com a obra Levers of Control.
Os periódicos com fator de impacto acima de 6, tais como Organization Science (FI= 6.309), Academy of Management (FI= 6.448) e Strategic Management Journal (FI= 6.185), apresentaram um número significativo de investigações cujas perspectivas incidiam para as propensões pretendidas no presente estudo. Outros periódicos que tiveram grande contribuição para esta pesquisa são Accounting, Organization and Society (FI= 3.588), Administrative Science Quarterly (FI= 3.333), Journal of Management (FI= 2.723) e Management Accounting Research (FI= 2.125).
Os autores sugerem proposições inéditas de pesquisas futuras que podem ser elaboradas como hipóteses para testes em outras investigações. P1: O equilíbrio entre exploitation e exploration gera maiores índices de desempenho do que apenas a relação entre exploitation e desempenho ou exploration e desempenho. P2: O equilíbrio entre as inovações incrementais e revolucionárias gera maiores índices de desempenho do que apenas a relação entre inovações incrementais e desempenho ou inovações revolucionárias e desempenho.
A ambidestria organizacional é refletida pela dualidade de March (1991), a saber: exploration e exploitation. A apresentação teórica desenvolvida para a abordagem da ambidestria organizacional (Duncan, 1976) recai na análise de exploration e exploitation (March, 1991). Embora existam outras dualidades da ambidestria, como a diferenciação e o posicionamento estratégico de baixo custo (Porter, 1986, 1996) ou mesmo a adaptabilidade e o alinhamento (Gibson & Birkinshaw, 2004), este trabalho se limita à exploration e exploitation proposto por March (1991).
Duncan, R. B. (1976). The ambidextrous organization: Designing dual structures for innovation. The management of organization, 1, 167-188. Devinney, T. M., Midgley, D. F., & Venaik, S. (2000). The optimal performance of the global firm: Formalizing and extending the integration-responsiveness framework. Organization Science, 11(6), 674-695. Fernhaber, S. A., & Patel, P. C. (2012). How do young firms manage product portfolio complexity? The role of absorptive capacity and ambidexterity. Strategic Management Journal, 33(13), 1516-1539.