Resumo

Título do Artigo

ESTRUTURA DE REDE DAS “MELHORES EMPRESAS PARA SE TRABALHAR” GERADA POR INDICADORES DE RENTABILIDADE
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Palavras Chave

estrutura de rede
índices de rentabilidade
gestão de pessoas

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Temas Emergentes e Modismos em Gestão de Pessoas

Autores

Nome
1 - Letícia Aparecida Origuela
FEA-RP/USP - RIBEIRÃO PRETO
2 - Gilberto Aparecido Prataviera
FEA-RP/USP - Departamento de administração

Reumo

Com o passar dos anos, o processo de globalização tem provocado mudanças no cenário econômico que tem aumentado a competitividade entre os mercados, o avanço tecnológico, político, social e ambiental que exige uma nova postura na gestão empresarial. Neste trabalho é estudada a estrutura de redes de empresas que são obtidas a partir de indicadores de rentabilidade das empresas que investem em gestão de pessoas.
Trabalhos anteriores mostraram que há vantagem no desempenho das melhores empresas para se trabalhar, mas também mostraram que não há benefícios financeiros ou correlação entre o desempenho e a nota obtida na revista. A pesquisa tem como problema avaliar a similaridade financeira através dos indicadores de rentabilidade das empresas que investem em gestão de pessoas. O objetivo é demonstrar a estrutura de rede dessas empresas, mostrando visualmente a correlação dos indicadores entre as empresas.
A preocupação com a influência do ambiente de trabalho na produtividade teve início com o experimento de Hawthorne (MAYO, 2003). Posteriormente, Maslow (1954), sugeriu uma “hierarquia de necessidades” que motivam um indivíduo. Lacombe (2006) cita algumas medidas podem ser adotadas para gerar vantagem competitiva em relação à gestão de pessoas. Uma rede é um conjunto de elementos (vértices) e um conjunto de conexões (arestas) que ligam os elementos aos pares (NEWMAN, BARABASI E WATTS, 2006).
Selecionou-se empresas que participaram do guia pelo menos duas vezes entre os anos de 2011 a 2015 e que negociam suas ações na bolsa de valores BM&F BOVESPA. Os indicadores financeiros de rentabilidade foram obtidos da base de dados ECONOMATICA® do período de 1996 a 2015. Neste trabalho utilizou-se uma matriz de adjacência ponderada em que a intensidade da ligação é dada pela correlação de Pearson. Além disso, consideramos apenas correlações com nível de significância de 5%.
A rede obtida com o indicador Giro do Ativo apresentou a maior densidade, a maior correlação entre empresas e o maior grau e o maior índice de agrupamentos. A rede do Giro do Ativo possui mais empresas agrupadas, seguida pela ROA, enquanto que as Redes Margem Líquida e ROE, possuem menos empresas agrupadas. O maior diâmetro é da rede Margem Líquida, pois é o indicador em que as empresas são menos correlacionadas.
A rede obtida com o indicador Giro do Ativo apresentou a maior densidade, a maior correlação e o maior grau e o maior índice de agrupamentos. Já os indicadores Margem Líquida, ROA e ROE apresentam poucas correlações significantes. Os resultados indicam que as empresas não apresentam estrutura de rede densa em três dos quatro indicadores de rentabilidade. O indicador que conecta mais fortemente as empresas que investem em gestão de pessoas e que compõem a amostra deste artigo é o Giro do Ativo.
LACOMBE, Francisco. Recursos humanos: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2005. MASLOW, A. H. Motivación y Personalidad. (1943). Barcelona. Sagitário S.A. 1954. MAYO, Elton. The human problems of an industrial civilization. Routledge, 2003. NEWMAN, M.; BARABÁSI, A. L.; WATTS, D. J. The structure and dynamics of networks. 2006. Princeton and Oxford: Princeton University Press, 2006.