Resumo

Título do Artigo

COMPETITIVIDADE DO CAFÉ NO MERCADO INTERNACIONAL
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Palavras Chave

Competitividade no café
Comércio Internacional
Marketing

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Internacional e Globalização

Autores

Nome
1 - Caroline Mendonça Nogueira Paiva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Administração e Economia
2 - Juciara Nunes de Alcântara
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - PPGA

Reumo

A capacidade de um país para exportação depende da sua capacidade de produzir produtos competitivos nos mercados mundiais. Competitividade geralmente acarreta as dimensões preço e qualidade, porém a teoria convencional da vantagem comparativa de Heckscher-Ohlin associa a capacidade de competir nos mercados mundiais com a interação entre as características da produção de mercadorias, os requisitos técnicos de produção, como representado por combinações de fatores e atributos nacionais.
O objetivo deste trabalho consiste em analisar os fatores econômicos que influenciam a competitividade do café no mercado internacional. A competição é um processo contínuo que consiste na busca por uma vantagem comparativa em recursos que irá gerar uma vantagem competitiva para um posicionamento de mercado e, assim, o alcance de um desempenho superior (Hunt, 1997).
As Teoria de Comércio Internacional e Vantagem Comparativa investigam a comercialização entre países. A Vantagem Comparativa adota o realismo científico, no qual a realidade existe independente da percepção do sujeito. Ela visa coordenar a cadeia produtiva para um posicionamento competitivo no mercado, a partir da utilização eficiente de recursos produtivos, atingindo uma performance financeira superior em nível da firma, e uma maior qualidade, eficiência e inovação, em nível macroeconômico.
Hipóteses: fatores Terras Agrícolas, População Rural, Abertura e Custos. População: países exportadores de café. Recorte temporal: 2005 a 2013. Amostra final: 180 observações. Testes estatísticos: Efeito Fixo e Efeito Aleatório e Teste Hausman para dados em painel. Função objetivo: Volume de Exportação de café. Variáveis de teste: variáveis do destino de exportação - recursos naturais, população rural, abertura comercial e custos de exportação. Variáveis de controle: câmbio e renda mundial.
Para explicar a competitividade, o trabalho traz novas variáveis à função de produção a partir das teorias Econômica, Comércio Internacional e Marketing. Notou-se a significância das variáveis para o modelo, permitindo testar as hipóteses. Foram confirmadas as hipóteses relacionadas a Terras Agrícolas, Abertura e Custo de Exportação, enquanto a hipótese sobre a População Rural foi refutada. Discutiu-se cada uma das hipóteses e sua influência na competitividade do café no mercado internacional.
Os resultados mostram uma necessidade de coordenação da cadeia do agronegócio do café, para alterar sua estrutura e dinâmica a nível interno nos países. Os atores da cadeia do café, trabalhando em conjunto, melhoram a competitividade do produto a nível internacional, ao criarem mecanismos de fortalecimento do produto. Estas ações interferem no posicionamento do país como forte produtor, gerando um reconhecimento por parte dos importadores, e consequentemente, melhor competitividade do produto.
Cameron e Trivedi (2009); Cavusgil et al (2003); Czinkota (2002); Davis (1997); Dodaro (1991); Doherty et al (2015); Harkness e Kyle (1975); Hultman et al (2009); Hunt (1997); Hunt e Davis (2008); Hunt e Morgan (1995); Johnson e Tellis (2008); Lages et al (2008); Martins et al (2010); Morrow (2010); Oreiro (2012); Pessôa (2011); Portela e Silva (2009); Porter (1992); Silva et al (2011); Stockman (2010); Vegro et al (2005); Watson e Achinelli (2008); Yi e Wang (2012) Zhang e Jensen (2007)