Resumo

Título do Artigo

O GRAU DE EMPREENDEDORISMO DE INDIVÍDUOS: COMPORTAMENTO EM SITUAÇÕES INCERTAS
Abrir Arquivo

Palavras Chave

empreendedorismo
finanças comportamentais
tomada de decisão

Área

Empreendedorismo

Tema

A figura do Empreendedor: Perfil, Personalidade, Comportamento e Competências

Autores

Nome
1 - Amanda Macedo Jaria
FEA-RP/USP - Ribeirão Preto
2 - Elizabeth Krauter
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - FEA-RP

Reumo

"Ser empreendedor não é somente uma questão de acúmulo de conhecimento, mas a introjeção de valores, atitudes, comportamentos, formas de percepção do mundo em si mesmo voltadas para atividades em que o risco, a capacidade de inovar, perseverar e de conviver com a incerteza são elementos indispensáveis" DOLABELA, 1999. Assim, percebe-se a importância de se estudar o comportamento desses agentes em situações incertas, o que pode ser feito utilizando-se as Finanças Comportamentais.
O objetivo geral é estudar a influência do grau de empreendedorismo no comportamento de indivíduos em situações incertas utilizando uma amostra de estudantes da FEA/RP. Os específicos são medir o grau de empreendedorismo, analisar os vieses e o comportamento através do grau de fuga da racionalidade e estudar a correlação entre essas duas variáveis.
O empreendedorismo vem sendo entendido como um “processo complexo e multifacetado que reconhece as variáveis sociais -mobilidade social, cultura, sociedade-, econômicas -incentivos de mercado, políticas públicas, capital de risco- e psicológicas como influenciadoras do ato de empreender” INÁCIO JÚNIOR; GIMENEZ, 2004. Já as Finanças Comportamentais buscam compreender os impactos dos fatores comportamentais sobre as decisões econômicas, integrando economia, finanças e psicologia MOSCA,2009.
Aplicação de um questionário composto de duas partes, além da caracterização do respondente, em uma amostra não probabilística e de conveniência de estudantes da FEA/RP. A primeira parte consistiu em 33 questões, réplicas do Carland Entrepreneurship Index de Carland e Carland 1996 para mensuração do grau de empreendedorismo e a segunda em 16 questões KAHNEMAN; TVERSKY, 1979 que buscaram levantar informações sobre o comportamento em situações incertas: o grau de fuga da racionalidade.
Primeiramente analisou-se o perfil dos respondentes. Em seguida, procurou-se estudar os vieses comportamentais e compará-los com os resultados obtidos por Kahneman e Tversky 1979, permitindo uma melhor compreensão do comportamento desses indivíduos. Foram então analisados o grau de fuga da racionalidade relacionado ao comportamento e o grau de empreendedorismo desses indivíduos, realizando-se, por fim, uma correlação entre essas duas variáveis.
A obtenção do coeficiente de correlação mostrou que, diferentemente do esperado, esta correlação pode ser considerada fraca para essa amostra. Na análise dos vieses em comparação com Kahneman e Tversky 1979 constatou-se que, na maior parte dos problemas, embora tenha havido diferenças por vezes expressivas nas proporções, ainda assim predominou a escolha da maioria pelos mesmos prospectos empiricamente preferidos no estudo seminal, havendo inversão em apenas dois problemas.
CARLAND, J. C.; CARLAND, J. W. The theoretical bases and dimensionality of the Carland Entrepreneurship Index. Proceedings of the RISE'96 Conference, University of Jyväskylä, Finland, p. 124, 1996 DOLABELA, F. Oficina do Empreendedor. São Paulo: Cultura Editores Associados, 1999 KAHNEMAN, D.; TVERSKY, A. Prospect theory: an analysis of decision under risk. Econometrica, v. 47, n. 2, p. 263-291, 1979. entre outros