Resumo

Título do Artigo

As práticas de inovação das pequenas empresas de base tecnológica nos períodos de incubação e de pós-incubação
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Palavras Chave

Inovação
Pequena empresa
Estratégia

Área

Gestão da Inovação

Tema

Organização e Processos para Inovação

Autores

Nome
1 - Pedro Henrique de Oliveira
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS (EESC)
2 - Ana Cláudia Fernandes Terence
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - EESC
3 - Marco Antonio Catussi Paschoalotto
FEA-RP/USP - Administração de Organizações

Reumo

As empresas de base tecnológica (EBT) somam, em sua gestão, problemas e características particulares, ao atuarem em ramos bastante específicos, utilizando tecnologias próprias e ainda não padronizadas, apresentam uma grande variedade de alternativas de projeto e produto que precisam ser consideradas (SEBRAE, 2001). Apesar do interesse dos pesquisadores por estas organizações, tem-se pouco conhecimento acumulado sobre suas características, especialmente de gestão e de suas práticas de inovação.
Apresentou-se a seguinte questão de pesquisa: Como se configuram as práticas de inovação das empresas de base tecnológica incubadas e graduadas? O objetivo desse artigo foi identificar as práticas de inovação das pequenas empresas de base tecnológica em seu período de incubação e de pós-incubação (empresas graduadas).
A fundação teórica foi dividida em três partes. A primeira, inovação, demonstra as especificidades da temática inovação nas empresas, ao passo que pode ser de produto, processo, marketing e organização (OCDE, 2005). Posteriormente, aborda-se inovação e pequenas empresas, ou seja, como a inovação atua no cenário das pequenas empresas, com suas particularidades e características. E por fim, descreve-se os estímulos e barreiras para a inovação nas pequenas empresas.
Para atingir o objetivo proposto foi realizado um estudo de caso junto a quatro empresas de base tecnológica, sendo duas empresas em processo de incubação e duas empresas que se encontram em situação de pós-incubação, caracterizando o processo de pesquisa como qualitativo e exploratório. Este estudo caracterizou-se como multicasos, pois não se adotou a natureza comparativa entre as empresas investigadas.
A inovação mais comum nas empresas foi a de produto e serviço. Também se notou que assim como exposto pela OCDE (2005), que a inovação está presente na criação de um produto ou então um melhoramento de um já existente. O tipo de inovação mais comum foi a inovação incremental, com melhorias de um produto existente e/ou redução de custos internos para a produção de um produto. (LIPPARINI; SOBRERO, 1994). Somente as empresas graduadas apresentaram inovações arquiteturais.
As pequenas empresas de base tecnológica apresentaram alto teor de inovação. Assim, dependiam da inovação, sobretudo a tecnológica, para o seu crescimento e sucesso. Com mais inovações e, consequentemente, novos produtos, processos ou serviços podem conseguir maiores lucros e vantagem competitiva. A inovação advém do caráter técnico, necessidade de adaptação de mercado, pela proximidade com os clientes e fornecedores e pelo sistema de comunicação simples que possuem.
LIPPARINI, A.; SOBRERO, M. The glue and the pieces: Entrepreneurship and innovation in small-firm networks. Journal of Business Venturing, v.9, p. 125-140, 1994. ORGANIZAÇÃO PARA COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECÔNOMICO. OCDE. Manual de Oslo: Diretrizes para a coleta e interpretação de dados sobre inovação. 3. ed. Rio de Janeiro: FINEP, 2005. SEBRAE. Critérios e conceitos para classificações de empresas, 2012.