Resumo

Título do Artigo

Inovação como Processo ou Resultado? Um Estudo em Escritórios de Design no Brasil e na Inglaterra
Abrir Arquivo

Palavras Chave

Inovação
Indústria criativa
Design

Área

Gestão da Inovação

Tema

Organização e Processos para Inovação

Autores

Nome
1 - vitor klein schmidt
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) - Escola de Administração
2 - Aurora Carneiro Zen
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) - Departamento de Ciências Administrativas
3 - Diego Alex Gazaro dos Santos
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) - Escola de Administração

Reumo

A indústria criativa vem ganhando importância no cenário econômico nas duas últimas décadas. Nesse contexto, a inovação e a criatividade assumem um papel central na sobrevivência das organizações que compõem os segmentos da indústria criativa. Entre estes segmentos, destacam-se os escritórios de design. No âmbito internacional, a Inglaterra ocupa uma posição de destaque na área de design. O termo economia criativa vem ganhando cada vez mais visibilidade, uma vez que se percebeu que as indústrias
A inovação é um aspecto importante para a economia criativa e as organizações desse setor atuam dentro de um ambiente de rápidas mudanças (SUNLEY et al., 2008). Desta forma, inovar se torna uma atividade de rotina e fundamental dentro de uma organização criativa. Nesse contexto, como a inovação é percebida por gestores de organizações nas quais a própria oferta ao mercado é gerar inovação? Quais são os fatores que contribuem para que a inovação ocorra nessas organizações?
O DCMS (1998) definiu as indústrias criativas como empresas cuja atividade têm origem na criatividade individual, habilidade e talento, possuindo potencial de geração de riqueza e criação de empregos, por meio da geração e exploração das capacidades intelectuais. O design faz parte da indústria criativa e está tanto relacionado com o melhoramento de uma funcionalidade ou à função estética de um produto, como também como uma ferramenta de expressão e/ou reforço de uma marca (RAVASI, 2005).
Para realização do trabalho, optou-se por uma pesquisa qualitativa exploratória. Foi realizado um estudo de caso com dois escritórios de design, segmento que pertence à economia criativa. Ambos os escritórios são de pequeno porte, um localizado em Porto Alegre, Brasil, e o outro em Londres, Inglaterra.
O escritório VLK entende inovação como utilização máxima da capacidade criativa que os seus colaboradores possuem. O escritório ADP entende que a inovação pode ser considerada como criar algo que já existe e adicionar novas características e funcionalidades. Os fatores que contribuem para a inovação são: participação dos clientes, estudo do mercado, troca de informações entre os designers, capacidade criativa dos funcionários, trabalho em equipe, engajamento do cliente e ambiente organizacional.
Para os escritórios de design onde realizamos o trabalho, a inovação faz parte do cotidiano dos escritórios. Ambos os escritórios precisam achar soluções criativas para atender os clientes. A inovação para esses escritórios não ocorre de forma separada e sim de forma conexa e dependente entre os processos que são realizados durante o projeto, o produto final, a pesquisa de mercado e a interferência do ambiente de cada organização, à medida que quando uma solução é criada, a mesma sofre mudanças.
Deparment for Culture, Media and Sport (DCMS). Creative industries mapping document. London, England. 1998. MILES, I.; GREEN, L. Hidden Innovation in the Creative Industries. Research report. London: NESTA. July. 2008. RAVASI, D.; LOJACONO, G. Managing Design and Designers for Strategic Renewal. Long Range Planning. V.38. p.51-77.2005. SUNLEY, P.; PINCH, S.; REIMER, S.; MACMILLEN, J. Innotavion in a creative production system: the case of design. Journal of Economic Geography 8. P. 675-698.2008