Resumo

Título do Artigo

QUAL A INFLUÊNCIA DO CAPITAL INTELECTUAL NA RENTABILIDADE DAS EMPRESAS BRASILEIRAS?
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Palavras Chave

Capital Intelectual
Finanças e Contabilidade
Rentabilidade Empresarial

Área

Finanças

Tema

Contabilidade

Autores

Nome
1 - Ricardo Vinícius Dias Jordão
Fundação Pedro Leopoldo (FPL/MG) - MPA
2 - VANDER RIBEIRO DE ALMEIDA
FACULDADE PEDRO LEOPOLDO (FPL) - Pedro Leopoldo
3 - Frederico Cesar Mafra Pereira
Fundação Pedro Leopoldo (FPL/MG) - Mestrado Profissional em Administração (MPA FPL/MG)
4 - Jersone Tasso Moreira Silva
UNIVERSIDADE FUMEC (FUMEC) - Administração

Reumo

Um dos maiores desafios gerenciais contemporâneos consiste na valoração do capital intelectual (CI) organizacional, pois, as empresas e o mercado anseiam por modelos e/ou técnicas que permitam o reconhecimento, a mensuração e a avaliação do patrimônio imaterial das empresas em bases confiáveis. Esse desafio, para Jordão (2015) é bastante ampliado em um contexto em que, cada vez mais, o valor delas depende do CI e dos ativos intangíveis (AI) que o integram, ao invés de outros ativos convencionais
O desafio de compreender os efeitos do CI sobre o desempenho corporativo, especialmente sobre a rentabilidade empresarial, é um problema que precisa ser mais bem investigado, pois, ainda se sabe pouco sobre o tema. Reconhecendo e explorando essa lacuna de investigação, o objetivo desse artigo foi analisar a influência do CI sobre a rentabilidade das empresas brasileiras, tomando-se, como base, as companhias listadas na BM&FBovespa, em um recorte multi-setorial, durante o período de 2005 a 2014.
Com base nas teorias de finanças, contabilidade e CI, percebeu-se que o CI de uma empresa consiste na aplicação dos conhecimentos tácito e explicito (Nonaka & Takeuchi, 1995) que se estabelecem em diferencial competitivo, inovações (Roos & Roos, 1997; Jordão, 2015), proporcionando expectativas de resultados futuros que podem materializar-se em desempenho financeiro e geração de valor empresarial (Roos & Roos, 1997; Grajkowska, 2011; Calabrese et al., 2013; Cricelli et al., 2013).
Realizou-se um estudo quantitativo, descritivo e aplicado, nas companhias listadas na BM&FBovespa, com base em dados secundários, extraídos das demonstrações contábeis (DC) de tais companhias e do sistema Economática, em um recorte multi-setorial, durante o período de 2005 a 2014, mediante a utilização de testes empíricos por meio de estatísticas descritivas e multivariadas, como correlação ρ de Spearman, Kruskal-Wallis, teste “U” de Mann-Whitney, além de séries temporais e análise gráfica.
Além da proposta de mensuração dos efeitos do CI desenvolvida e aplicada, a pesquisa inova ao ampliar a teoria de finanças, contabilidade e CI pela comprovação da contribuição do CI sobre todos os indicadores de desempenho financeiro (rentabilidade) analisados, tanto nas companhias brasileiras, quanto nos setores da BM&FBovespa (todos foram cobertos) ou ainda na amostra global, seja nos 2 períodos de 5 anos analisados (2005 a 2009 e 2010 a 2014) ou na análise agregada (período de 2005 a 2014).
As conclusões corroboram e ampliam as teorias de finanças, contabilidade e CI, especialmente na realidade brasileira, revelando que (i) o CI influencia positivamente na rentabilidade das companhias listadas na BM&FBovespa; (ii) as empresas de capital aberto, mais intensivas em CI, apresentam rentabilidade superior às demais, seja de forma global ou de maneira setorial; e que (iii) o CI colabora para o aumento da rentabilidade corporativa, de forma sistemática, ao longo do tempo.
Roos, G.E., & Roos, J. (1997). Measuring Your Company's Intellectual Performance. Long range planning, 30(3), 413-426. Cricelli, L., Greco, M. & Grimaldi, M. (2013). The assessment of the intellectual capital impact on the value creation process: A decision support framework for top management. International Journal of Management and Decision Making, 12(2), 146-164. Jordão, R.V.D. (2015). Práticas de gestão da informação e do conhecimento em pequenas e médias empresas organizadas em rede. Perspc