Resumo

Título do Artigo

UM ESTUDO SOBRE PREÇOS PSICOLÓGICOS NO VAREJO DE SALVADOR E DE LUANDA
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Palavras Chave

Preços psicológicos
Preços
Comportamento do Consumidor

Área

Marketing e Comportamento do Consumidor

Tema

Comportamento do Consumidor - Estudos Descritivos Quantitativos

Autores

Nome
1 - Marta Maria Cunha Carneiro
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA) - Proad
2 - Anna Luisa Abreu Netto
UNIVERSIDADE SALVADOR (UNIFACS) - Salvador
3 - Murilo Almeida Santos
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA) - Faculdade de Ciencias Contábeis
4 - Adriano Leal Bruni
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA) - Faculdade de Ciências Contábeis e Escola de Administração

Reumo

Os preços psicológicos seriam os possuidores de terminações numéricas peculiares, como os finalizados em cinco, oito ou nove. As terminações provocariam a percepção de uma condição promocional, induzindo a maiores vendas, ou no fato de que os consumidores seriam pouco sensíveis aos algarismos finais dos preços, o que induziria os varejistas a praticarem preços com finais mais elevados, a exemplo dos finais oito e nove. Este artigo investiga o uso de preços psicológicos em Angola e no Brasil.
Problema de pesquisa: de que forma o uso de preços psicológicos pode ser descrito em varejistas brasileiros e angolanos? Objetivo geral: descrever o uso de preços psicológicos em varejistas brasileiros e angolanos. Específicos: identificar o uso preços psicológicos nos dois países; descrever as frequências, segregadas por país e local; testar a significância das frequências, testar as eventuais diferenças existentes nas frequências de preços por país, tamanho da loja e forma de apresentação.
A busca por maiores ganhos nas vendas deveria provocar uma maior concentração de preços psicológicos no varejo do que o que seria esperado pelo acaso. Lojas maiores teriam maior conhecimento sobre os aspectos psicológicos dos preços, usando-os de forma ainda mais intensa. A maior percepção do aspecto promocional envolvido no preço ou os vieses cognitivos dos consumidores fariam com que tabloides apresentassem preços psicológicos com mais intensidade que os usuais em gôndolas.
Os dados envolveram 2540 preços de produtos alimentícios de lojas ou tabloides de varejistas de Salvador, Bahia, e Luanda, Angola, entre os meses de agosto e novembro de 2015 envolvendo varejistas com lojas grandes (com mais de dez checkouts), pequenas (com apenas um checkout) e tabloides. A análise de dados envolveu o uso de estatísticas descritivas, testes de hipóteses de igualdade de médias e de frequências.
Os resultados indicaram: maior e significativa concentração de preços psicológicos no varejo dos dois países; uso ainda mais intenso de preços psicológicos em lojas maiores e em tabloides.
O uso intenso de preços psicológicos poderia ser explicado pela busca por maiores ganhos por parte dos varejistas. Lojas maiores, possivelmente, possuidoras de maior conhecimento sobre os aspectos psicológicos dos preços usariam preços psicológicos de forma ainda mais acentuada. O aspecto promocional envolvido no preço ou dos vieses cognitivos presentes na decisão de compra também incentivariam um maior uso em tabloides. Inexistiriam diferenças culturais substanciais nos dois países.
ACKERMAN, D.; TELLIS, G. Can culture affect prices? A cross-cultural study of shopping and retail prices. Journal of Retailing, v. 77, p. 57–82, 2001. SCHINDLER, R. M.; KIBARIAN, T. M. Image communicated by the use of 99 endings in advertised process. Journal of Advertising, v. 30, n. 4, p. 95-99, 2001. STIVING, M. Price-Endings when Prices Signal Quality. Management Science, v. 46, n. 12, p. 1617-1629, 2000.