Resumo

Título do Artigo

A FORMAÇÃO DE GRUPOS ESTRATÉGICOS NOS CURSOS DE PÓS GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO E SUA RELAÇÃO COM O DESEMPENHO ORGANIZACIONAL
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Palavras Chave

Grupos Estratégicos
Escalonamento Multidimensional
Administração

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Competitiva

Autores

Nome
1 - Danieli Artuzi Pes Backes
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO (UFMT) - Dpto de Administração
2 - Fernando Ribeiro Serra
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - PPGA

Reumo

A dinâmica de mercado imposta pelos novos programas de pós-graduação stricto sensu de Administração pode ser analisada por uma abordagem muito eficiente na identificação de agrupamentos que usam as mesmas estratégias para garantir vantagem competitiva, os chamados Grupos Estratégicos (GE). Fiegenbaum, Sudharshan, & Thomas, 1987), afirmam que através da observação dos grupos estratégicos um pesquisador pode analisar a relação entre estratégia e desempenho de uma organização e compreender a razão pela qual algumas estratégias geram retornos positivos e outras não.
Para analisar o ambiente científico-acadêmico, onde também são considerados os papeis de provimento de conhecimento e progresso científico (Joghled, Enders & Salermo, 2008) foram determinados dois objetivos: o primeiro é verificar se há estratégia de aglomeração entre os cursos stricto sensu de Administração do Brasil e, o segundo objetivo, é analisar se existe relação entre a estrutura curricular e o desempenho do curso na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
A premissa básica da teoria é que o desempenho de uma organização pode não ser decorrente apenas de sua atuação individual, mas pode ser resultado da participação em grupos estratégicos. Thomas e Venkatraman (1987) afirmam que a participação em grupos estratégicos interfere no desempenho de uma organização. Dessa forma, supõem-se que os cursos de pós-graduação brasileiros, especialmente da área da Administração, sigam modelos similares, devido à forte influência americana adotada desde o início da fundação dos cursos (Santos & Azevedo, 2009), em 1970.
O método adotado para tratamento dos dados foi o Escalonamento Multidimensional e os critérios de seleção dos cursos foram estabelecidos a partir da Avaliação Trienal da Capes 2013, selecionando apenas os cursos que apresentaram desempenho satisfatório, avaliados com as notas 4, 5, 6 e 7.
Os resultados encontrados indicaram existência de agrupamentos, onde foi possível verificar a maior proximidade de alguns programas em torno dos mais bem avaliados. Entretanto, constatou-se que a estrutura curricular do curso não determina o seu sucesso, visto que a similaridade identificada nas estruturas dos componentes dos grupos estratégicos não homogeiniza de maneira simétrica seu desempenho, medido por meio da avaliação da Capes. Mesmo pertencendo a grupos distintos, verificou-se que somente alcançaram indicadores de excelência internacional alguns dos cursos mais tradicionais e antigos.
Como principal contribuição do estudo, é preciso ressaltar que o ambiente competitivo disputado pelos programas stricto sensu de Administração não são permeados pela livre concorrência, mas são diretamente afetados pelas pressões institucionais de órgãos reguladores do sistema educacional brasileiro. Portanto, há nítida diferenciação entre as aglomerações em relação ao período de implantação do curso. Os cursos mais antigos tinham maior liberdade para estruturar seus currículos, ao passo que quanto mais jovem o curso, maior a necessidade de se diferenciar dos demais. Estes são alguns dos refle
Caves, R. E., & Porter, M. E. (1977). From Entry Barriers to Mobility Barriers: Conjectural Decisions and Contrived Deterrence to New Competition. The Quarterly Journal of Economics, 91(2), 241–261. Retirado de http://www.jstor.org/stable/1885416 Cool, K. O., & Schendel, D. (1987, setembro). Strategic Group Formation and Performance: The Case of the U.S. Pharmaceutical Industry, 1963-1982. Management Science, 33 (9), 1102–1124. Retirado de http://www.jstor.org/stable/2631877 Santos, A. L. F., & Azevedo, J. M. L. (2009). A pós-graduação no Brasil, a pesquisa em educação e os estudos sobre a p