Resumo

Título do Artigo

AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À MUDANÇA ORGANIZACIONAL: uma investigação em uma instituição federal de ensino superior.
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Palavras Chave

comportamento organizacional
gestão de organizações públicas
análise fatorial

Área

Administração Pública

Tema

Gestão Organizacional: Governança, Planejamento, Recursos Humanos e Capacidades

Autores

Nome
1 - HELOISA GOMES CARDOSO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA) - NAEA
2 - Carlos André Corrêa de Mattos
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA) - Faculdade de Administração

Reumo

As organizações sofrem pressões para mudar, e para lidar com isso, elas precisam ser capazes de reagir rapidamente ao ambiente, ou antecipar-se a ele, as que administram as mudanças tenderão a ser mais eficazes. As pressões para mudança devem ser compreendidas, para que promovam processos exitosos. Indivíduos e grupos às vezes resistem à mudança, e a capacidade de diagnosticar as causas da resistência revela-se crucial ao desenvolvimento organizacional (HITT; MILLER; COLLELA, 2007).
A perspectiva da mudança organizacional corroborou para a escolha do tema deste estudo que evoluiu da problemática: quais são os fatores que caracterizam a resistência à mudança na Universidade Federal do Pará? A pesquisa estabeleceu como objetivo analisar como se manifesta a resistência à mudança entre os servidores públicos lotados na Universidade Federal do Pará e, para tanto, aplicou o modelo de avaliação de resistência à mudança, desenvolvido por Bortolotti (2010).
As pressões que as organizações públicas sofrem para mudar abrangem reformas, legislações, avanços tecnológicos, alterações na força de trabalho e alterações nos modelos de gestão. De certo, a administração pública traçou princípios contraditórios de gestão, que foram os gatilhos, que no decorrer dos anos impulsionaram mudanças nos órgãos da administração pública (CARAPETO; FONSECA, 2014).
A pesquisa classifica-se quanto a natureza como aplicada, quanto aos objetivos como exploratório e descritivo, na forma ex pos facto. Quanto aos meios como pesquisa de campo. Quanto à abordagem, como uma pesquisa quantitativa, com amostragem probabilística aleatória simples, calculada com 95% de segurança e 4,69% de erro. O tratamento de dados utilizou estatística descritiva e multivariada, especificamente a distribuição de frequências e a análise fatorial exploratória (AFE).
O resultado da pesquisa relevou a presença de cinco fatores influenciadores da mudança na instituição, que explicaram 60,92% da variância dos dados e reuniram 16 variáveis. Os fatores foram denominados como “Resistência à mudança” (Fator principal), “Acomodação”, “Medo da Mudança”, “Proatividade Perante a Mudança” e “Descrença na Mudança”. A distribuição de frequência mostrou baixa resistência a mudança na instituição e revelou que, são resistentes entre 5 e 9% dos entrevistados.
Apesar da baixa resistência a mudança, as mudanças nem sempre são consideradas necessárias pelos servidores o que pode ser reflexo do desconhecimento ou da má condução do processo, ou ainda da implementação de processos de forma precipitada ou desnecessária. Nesta perspectiva, entende-se a universidade deve adotar melhores técnicas para comunicar as mudanças, aprimorando seu planejamento e avaliando se a mudança realmente é necessária, ou mostra-se como uma reação ao efeito demonstração.
BORTOLOTTI, S. L. V. Resistência à mudança organizacional: medida de avaliação por meio da teoria da resposta ao item. 2010. Tese (doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina, 2010. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/94645. Acesso: 28 abr. 2016. CARAPETO, C.; FONSECA, F. Administração pública. Lisboa: Sílabo, 2014. HITT, M. A.; MILLER, C. C.; COLELLA, A. C. Comportamento organizacional. Rio de Janeiro: LTC, 2007.