Resumo

Título do Artigo

Criação de Valor no Desempenho Econômico de Empresas Familiares e não Familiares Brasileiras
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Palavras Chave

Criação de Valor
Empresas Familiares
Técnica DEA.

Área

Finanças

Tema

Contabilidade

Autores

Nome
1 - EDMERY TAVARES BARBOSA
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - PPGCC
2 - Micheli Aparecida Lunardi
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - Campos 1
3 - Tarcísio Pedro da Silva
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - Professor Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis
4 - Wilson Toshiro Nakamura
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (MACKENZIE) - Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas - PPGA

Reumo

A contabilidade e a finanças são pedras angulares no apoio à gestão baseada na criação de valor. Os dados contábeis são usados para avaliação de desempenho econômico-financeiro das organizações. Não obstante, os gestores ainda carecem de informações que representam a criação de riqueza de uma organização. Nas últimas décadas, as empresas brasileiras seguem uma tendência mundial, que busca aderir ao modelo de gestão baseada na criação de valor de modo a maximizar a riqueza do acionista.
A pesquisa possui como questão problema: Qual a criação de valor no desempenho econômico de empresas familiares e não familiares brasileiras? O objetivo do estudo consiste em analisar a criação de valor no desempenho econômico de empresas familiares e não familiares brasileiras. Por meio desse estudo, espera-se construir um comparativo entre a geração de valor e o desempenho econômico de empresas familiares e não familiares brasileiras.
Para a criação de valor aos acionistas é necessário que a empresa estabeleça estratégias que garantam o retorno do investimento feito pelos acionistas (ASSAF; ARAÚJO, 1999). As informações obtidas, unicamente, por meio dos relatórios gerados pela contabilidade, podem limitar o entendimento e alcance na constatação sobre a maximização da riqueza alcançada pelas empresas. Logo, cabe destaque pela necessidade na estruturação das informações contábeis de modo que elas possam expressar a geração de valor da empresa (ARAUJO e ASSAF NETO, 2003).
O estudo adotou como universo as empresas familiares e não familiares com ações listadas no IBRX 100 do IBM&FBOVESPA no período de 2011 a 2015. O estudo é descritivo, documental com abordagem quantitativa. A amostra é composta por 21 empresas familiares e 42 não familiares. Para análise dos dados utilizou-se o modelo de Análise por Envelopamento de Dados (Data Envelopment Analysis – DEA) no qual as medidas de criação de valor (EVA e MVA) são consideradas inputs e os indicadores de desempenho (ROI e ROA) apresentam-se como outputs
No período de 2011 a 2013 as empresas familiares apresentaram melhor eficiência em relação às não familiares. Com a queda na eficiência em 2014 das empresas dos dois grupos, pode-se observar que no ano de 2015 as empresas não familiares apresentaram uma tendência de aumento da eficiência no período de crise política e financeira este resultado pode ser explicado devido à profissionalização do corpo dirigente e pelo uso de mecanismos institucionalizados para enfrentar as contingências em ambiente de crise, e diante da pressão dos acionistas em recuperar seus investimentos.
Foi possível verificar que a hipótese H1 que compreendia verificar se as empresas não familiares possuem maior criação de valor no desempenho econômico que empresas familiares foi rejeitada, visto que as empresas familiares apresentaram melhores resultados para os indicadores Economic Value Added (EVA®), Market Value Added (MVA®), Retorno sobre Ativos (ROA), Retorno sobre o Investimento (ROI). Por outro lado, a hipótese H2 que buscava verificar se as empresas familiares possuem maior criação de valor no desempenho econômico em relação às empresas não familiares foi confirmada.
CRIAÇÃO DE VALOR NO DESEMPENHO ECONÔMICO DE EMPRESAS FAMILIARES E NÃO FAMILIARES BRASILEIRAS ASSAF NETO, Alexandre. A Contabilidade e a Gestão Baseada no Valor. Anais do VI Congresso Brasileiro de Custos. São Paulo, junho de 1999. BIDDLE, Gary C.; BOWEN, Robert M.; WALLACE, James S. Does EVA® beat earnings? Evidence on associations with stock returns and firm values.Journal of accounting and economics, v. 24, n. 3, p. 301-336, 1997 DONNELLEY, Robert G. A empresa familiar. Revista de administração de empresas, v. 7, n. 23, p. 161-198, 1967.