Resumo

Título do Artigo

MULHERES NO COMANDO: diversidade de gênero nas estruturas de governança e de gestão versus desempenho dos clubes de futebol do WCWR 2022
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Palavras Chave

Estrutura de Governança
Clubes de futebol
Diversidade de gênero

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Governança Corporativa

Autores

Nome
1 - ANNA BEATRIZ GRANGEIRO RIBEIRO MAIA
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - Centro de Ciências da Comunicação e Gestão
2 - Vanessa Ingrid da Costa Cardoso
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Programa de Pós-Graduação em Administração e Controladoria
3 - Rafael Monte de Carvalho
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - Unifor
4 - Davi Vettorazzi Rola
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - UNIFOR

Reumo

A governança corporativa se direciona, basicamente, ao alinhamento entre as práticas de gestão, monitoramento e incentivos envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, colaboradores e demais partes interessadas, sendo destacadas características da alta gestão em relação às práticas de governança. No contexto dos clubes de futebol, que é de suma importância para a economia mundial visto o vultoso capital que envolve, a prática da governança tem sua relevância estratégica pois visa um desenvolvimento sustentável considerando vários desempenhos corporativos.
A questão de pesquisa que se busca responder consiste em: Qual a relação entre a diversidade de gênero, nas estruturas de governança e gestão, e o desempenho dos clubes listados no WCWR 2022? O objetivo geral deste estudo é: analisar a relação entre a diversidade de gênero, nas estruturas de governança e gestão, e o desempenho dos clubes listados no WCWR 2022 (IFFHS, 2022), considerando o perfil de diversidade na gestão e governança.
O corpo diretivo, conselho de administração e chefes da empresa, ou seja, os altos escalões têm suas características, como composição racial, de gênero e cultural, preponderantes na análise de práticas de governança corporativa. Tal perspectiva de análise tem várias fundamentações teóricas, destacando-se a Teoria dos Escalões Superiores, a Teoria da Agência e da Visão Baseada em Recursos que são as mais abordadas nos estudos sob esta concepção. Nesse sentido, a característica da diversidade de gênero é uma das qualidades dos altos escalões que pode refletir diretamente no desempenho.
Quanto ao polo teórico, utiliza-se a Teoria dos Escalões Superiores (TES). Quanto ao polo morfológico, utiliza-se a abordagem metodológica Positivista Contábil, baseada na predição e explicação dos fenômenos. O método hipotético-dedutivo é utilizado para solução do problema, a partir dos procedimentos estatísticos nesta pesquisa predominantemente quantitativa. Quanto ao polo técnico, utiliza-se a pesquisa documental, a partir de uma população dos 200 clubes listados no Women's Club World Ranking (WCWR) 2022, em 55 países, compreendendo três períodos ou temporadas (2019/20, 2020/21 e 2021/22).
O endividamento inferior/igual a 53,98% e total de membros do Conselho de 7-11 se mostraram determinantes da diversidade de gênero na estrutura de governança. Para esta diversidade tiveram destaque os fatores endividamento inferior/igual a 33,08% e total de membros da Diretoria até 14. A correlação de Pearson indicou relação positiva do desempenho econômico-financeiro tanto com a liderança de mulheres no Conselho quanto com a representatividade de mulheres na Diretoria. O teste T evidenciou que a diversidade de gênero na estrutura de gestão (Diretoria) é maior em clubes de alto desempenho.
A diversidade de gênero é preponderante na análise da estrutura de gestão e governança, seja no conselho ou na diretoria executiva, sendo determinada ainda com o endividamento e quantidade de membros no conselho. Apesar de não ser forte, há correlação positiva entre a estrutura de governança e gestão e o desempenho econômico-financeiro, indicando que a participação de mulheres nos altos escalões pode ser determinante em estratégias que propiciem maior retorno às empresas. A representatividade de mulheres na diretoria é mais maciça em clubes de futebol de ligas mais fortes.
HAMBRICK, D. C.; MASON, P. Upper echelons: the organization as a reflection of its top managers. Academy of Management Review, v. 9 n. 2, p. 193-206, 1984. MORENO-GÓMEZ, J., LAFUENTE, E.; VAILLANT, Y. (2018). Gender diversity in the board, women’s leadership and business performance. Gender in Management, v. 33, n. 2, p. 104–122, 2018. MASTELLA, M.; VANCIN, D.; PERLIN, M.; KIRCH, G. Board gender diversity: performance and risk of Brazilian firms. Gender in Management: An International Journal, v. 36, n. 4, p. 498-518, 2021.