Resumo

Título do Artigo

Alianças estratégicas durante a COVID 19: Uma revisão sistemática
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Palavras Chave

Alianças estratégicas
COVID-19
revisão sistemática da literatura

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Cluster, Redes de Negócios e Cooperação

Autores

Nome
1 - Elisabeth Dias da Costa
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - PPGADM
2 - Kamila Zanotto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - AUI
3 - ANDREW VINICIUS DE FREITAS GIL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - Sociais Aplicadas
4 - Fernanda Salvador Alves
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - Campus Botânico

Reumo

Iniciando em 2019, uma pandemia de uma nova doença respiratória do coronavírus, a COVID-19 como foi denominada pela Organização Mundial da Saúde, causou mudanças profundas em múltiplas instâncias da sociedade. As organizações, como parte deste emaranhado social e agentes diretos da economia mundial, não ficaram fora dos impactos (QIU et al. 2019). Em realidade, as medidas tomadas para controle da pandemia em conjunto com os próprios efeitos desta resultaram em um novo status quo com diferentes graus de fracasso e sucesso em termos de sobrevivência organizacional (BRODEUR et al., 2021)
Visto isso, nota-se uma lacuna teórica para entender como as alianças se deram no contexto brasileiro durante a pandemia. Com isso, esse estudo buscou preencher essa lacuna através de uma revisão sistemática da literatura com o seguinte problema de pesquisa: Como a pandemia de COVID-19 impactou as alianças estratégicas no Brasil?
Nesta pesquisa, depreende-se que aliança estratégica é um arranjo entre duas organizações com a finalidade de trocar, compartilhar ou desenvolver produtos, serviços ou tecnologias. Cada empresa pode contribuir com a aliança por meio de conhecimentos, tecnologia, capital ou outros recursos específicos (CUNHA & MELO, 2005; ZHANG et al., 2007; FERREIRA JUNIOR & SEGATTO, 2013). No modelo de Leischnig & Geigernmuller (2018) capacidade de gerenciamento de alianças é conceituada como uma capacidade dinâmica que a organização utiliza para englobar os recursos de seus parceiros em alianças. Os autores
s parcerias público-privadas tiveram que se adequar a extensão de prazos e flexibilizar suas metas (SILVA, CARVALHO & SANTANA, 2020; ALVARENGA et al., 2022) demonstrando a capacidade de transformação de acordo com o modelo de capacidades utilizado (REUER & ZOLLO, 2000). Precisaram lidar também com eventuais entraves jurídicos decorrentes destas mudanças nos contratos. Apesar disso, nota-se que poucas mudanças são citadas nesses estudos, principalmente em parcerias entre hospitais e entes privados (MENEZES & VIEIRA, 2022) o que corrobora Fernandes & Bordin (2022).
Este estudo se debruçou sobre a questão de como as alianças estratégicas se realizaram mediante o período de pandemia de COVID-19. Encontrou-se que as alianças tiveram uma configuração prevalecente de domínio técnico para o enfrentamento da pandemia. Além disso, observou-se atuação mais próxima de entes públicos e privados (incluindo o terceiro setor) para responder às demandas do período, sendo que os primeiros tiveram que flexibilizar seus prazos e os segundo tiveram que fortalecer suas capacidades de gerenciamento de alianças, especialmente a de proatividade.
ALVES, M. A.; COSTA, M. M.; Colaboração entre governos e organizações da sociedade civil em resposta a situações de emergência. Rev. Adm. Pública, v. 54, n. 4, 2020. ALVARENGA, M. Z. et al. Sua Cadeia de Suprimentos está preparada para a Próxima Interrupção? Construindo Cadeias Resilientes. Rev. Adm. Empresas, v. 62, n. 1, 2022. BACKES, D. A. P. et al. Os efeitos da pandemia de Covid-19 sobre as organizações: um olhar para o futuro. Revista Ibero-americana de Estratégia, v. 19, n. 4, 2020.