Resumo

Título do Artigo

Construção e Investigação de Evidências de Validade de Uma Escala de Habilidades de Líderes de Equipes Virtuais
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Palavras Chave

Liderança
Equipes Virtuais
Escala de Habilidades

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Liderança e suas Dimensões

Autores

Nome
1 - ELIANE ALMEIDA DO CARMO
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia
2 - Gardênia da Silva Abbad
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - Instituto de Psicologia
3 - Juliana Legentil
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - Programa de Pós-Graduação em Administração
4 - DIOGO RIBEIRO DA FONSECA
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - Programa de Pós-Graduação em Administração

Reumo

Nos últimos anos houve um crescimento do trabalho realizado a distância e muitos colaboradores passaram a trabalhar em equipes virtuais, mesmo sem experiência anterior. Nesse contexto, passou-se a exigir de líderes de equipes virtuais habilidades específicas para lidar com desafios relacionados à gestão de desempenho; comunicação efetiva; reduzido contato interpessoal; identificação cultural e alinhamento a objetivos institucionais. As habilidades da liderança mantém a equipe integrada, compartilhando metas, objetivos e informações com uso de tecnologias de informação e comunicação (TICs).
Poucos estudos demonstram como habilidades de liderança de equipes virtuais são aprendidas e medidas. Os instrumentos utilizados têm sido os mesmos aplicados para liderança de equipes presenciais, com adaptações. A criação de instrumentos para identificar e medir habilidades específicas para liderança de equipes virtuais pode avançar os estudos nesse campo e ajudar profissionais a projetarem treinamentos para maior eficácia de equipes virtuais. Diante dessa lacuna, o objetivo deste estudo é construir e validar empiricamente uma escala de Habilidades de Gestores de Equipes Virtuais (HGEV).
Diversos trabalhos na literatura delinearam habilidades críticas para líderes de equipes virtuais como: escolha e o uso adequado de TICs para compartilhamento de informações e tarefas; construir coesão e confiança na equipe; solução de conflitos; esclarecer dúvidas e fornecer direções claras, dentre outras. A liderança de equipes virtuais é considerada mais complexa que a de equipes presenciais, pois requer habilidades adicionais específicas, decorrentes da distância física e do uso intensivo de tecnologias, tornando fundamental conhecer e medir essas habilidades com instrumentos adequados.
A escala foi desenvolvida a partir da literatura e de conteúdos de um programa de treinamento oferecido para líderes de equipes virtuais em uma instituição financeira, na qual se realizou a pesquisa. A construção dos itens e a investigação de evidências de validade semântica e de conteúdo contou com a contribuição de diferentes atores e pesquisadores. Para validação empírica aplicou-se o instrumento com 25 itens a uma amostra de gestores treinados (n=262) e não treinados (n=244) e realizou-se a Análise Fatorial Exploratória e Semi-confirmatória dos resultados com o software Factor.
A análise evidenciou que a escala possui estrutura empírica unidimensional com 25 itens e validade e consistência internas. Os itens apresentaram cargas fatoriais de 0,608 a 0,915. As comunalidades foram maiores que 0,50, entre 0,756 e 0,986, e a variância total explicada foi de 70,61%. O RMSEA foi de 0,042, IC 90% (0,033-0,042); o Non-Normed Fit Index (NNFI)/ Tucker-Lewis Index (TLI) 0,998. Os índices de fidedignidade e ajuste tiveram valores aceitáveis, além de evidências de validade externa, indicando que o instrumento mede o construto proposto.
Os desafios vivenciados por líderes de equipes virtuais evidenciam a necessidade de desenvolvimento de habilidades que podem ser distintas daquelas requeridas no ambiente presencial organizacional, ou consideradas mais críticas em contextos virtuais, dada a necessidade de maior alinhamento entre o líder e a equipe, além de constante coordenação de atividades interdependentes tanto intra quanto entre equipes. Ao apresentar um instrumento robusto que possibilita o diagnóstico dessas habilidades, as contribuições transcendem o meio acadêmico, podendo gerar efeitos positivos nas organizações.
Contreras, F., Baykal, E., & Abid, G. (2020). E-Leadership and Teleworking in Times of COVID-19 and Beyond: What We Know and Where Do We Go. Frontiers in Psychology. Kilcullen, M., Feitosa, J., & Salas, E. (2022). Insights From the Virtual Team Science: Rapid Deployment During COVID-19. Human Factors, 64(8), 1429-1440. Maduka, N. S., Edwards, H., Greenwood, D., Osborne, A., & Babatunde, S. O. (2018). Analysis of competencies for effective virtual team leadership in building successful organisations. Benchmarking, 25(2), 696–712.