Resumo

Examina a adoção de imagens e metáforas no estudo de filosofia e ética como uma prática na formação em administração pública, segundo as correspondentes Diretrizes Curriculares Nacionais. Explora possibilidades e propõe seis imagens que permitem a produção e seguidas reelaborações de metáforas para o desenvolvimento inicial do conceito de fazer filosófico entendido como o exercício do pensar agudo sobre o próprio pensamento de forma crítica, reflexiva, radical e sistemática. Demonstra-se que as imagens e metáforas estimulam a criatividade e o interesse, facilitando o processo de aprendizagem.

Quais são os limites e possibilidades do uso de imagens e metáforas para aproximar o estudante do conceito de fazer filosófico de forma a desenvolver competências definidas nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação em administração pública? Objetivo é definir, propor imagens e metáforas e discutir limites e possibilidades de utilização deste recurso didático no ensino do conceito de fazer filosófico no contexto das disciplinas de filosofia e de ética, observados os parâmetros da Diretrizes Curriculares Nacionais sobre o conteúdo de filosofia na formação em administração pública.

Define o fazer filosófico em contraste com o de história da filosofia a partir do conceito de problema filosófico. Conceitua e discorre sobre os limites e as possibilidades do uso de imagens e metáforas não somente a partir dos referenciais da administração, mas da filosofia e da linguística, explorando-os como recursos didáticos. Ilustra o uso de metáforas por diferentes autores no transcurso do pensamento filosófico, desde a antiguidade, destacando seu valor como estratégia de ensino e aprendizagem.

Discute-se a convergência da filosofia como um fazer e sua convergência com os objetivos, conteúdos e competências requeridas na formação em administração pública. Após, são apresentadas seis imagens e correspondentes metáforas, evidenciando-se as possibilidades de associação: do Futebol; do Olho d’água; do Muro; do Espelho; da Árvore; da Bússola e da Balança. Seguem proposições sobre possibilidades de utilização das imagens e metáforas como recurso para aproximação inicial de conceitos complexos e de usos potencial subsequentes para depuração e aprofundamento conceitual.

Conclui-se que as imagens e metáforas, reconhecidos os seus limites, apresentam potencial de utilização para a compreensão e assimilação do conceito de fazer filosófico, podendo contribuir com o desenvolvimento das competências definidas para a formação do profissional da administração pública nos termos das Diretrizes Curriculares Nacionais.

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