Resumo

Título do Artigo

INTEGRAÇÃO DA FLORESTA AO NEXO-ÁGUA-ENERGIA-ALIMENTO NA RESERVA EXTRATIVISTA LAGO DO CUNIÃ NO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO-RO
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Palavras Chave

Abordagem Nexo
Recursos florestais
Reserva Extrativista

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Desenvolvimento Sustentável e os ODSs

Autores

Nome
1 - Marcelo Macedo Guimaraes
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA (UNIR) - Campos Porto Velho
2 - Mariluce Paes de Souza
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA (UNIR) - Depto de administração

Reumo

O pensamento nexo surge como uma necessidade de planejamento e gestão das interconexões entre os recursos água, energia e alimento e seus sistemas, buscando assim melhorar a eficiência, reduzir a degradação ambiental, e maximizar os benefícios sociais e econômicos de recursos naturais cada vez mais escassos (OVIROH et al., 2023; ABDELZAHER et al., 2023; HUNTINGTON et al., 2021; CHIODI et al., 2021; FLAMMINI et al., 2014). Tal abordagem parte da interpretação de que os modelos vigentes para promover a gestão setorial destes recursos não são efetivos para garantir maiores níveis de segurança.
Compreender como são explorados os recursos hídricos, energéticos, alimentares e florestais enriquece a literatura e auxilia no entendimento da exploração do desenvolvimento sustentável em ambiente de unidade de conservação. Além disto, o estudo pode auxiliar em melhorarias para a subsistência das comunidades e promover a resiliência em termos dos recursos naturais. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é analisar a integração da floresta ao nexo água-energia-alimento em Unidade de Conservação na Amazônia a partir das interações na Reserva Extrativista Lago do Cuniã.
As discussões sobre as bases conceituais da abordagem nexo iniciaram-se com a Conferência “The nexo between water, energy and food security: solutions for the green economy”, realizada em Bonn, Alemanha, em janeiro de 2011. No mesmo ano, a abordagem ganhou força com o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça e com a Conferência das Nações Unidades sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), realizada no Rio de Janeiro, em 2012 (HOFF, 2011; ALBRECHT et al., 2018).
Dada a importância de compreender como são explorados os recursos hídricos, energéticos, alimentares e florestais na Reserva Extrativista Lago do Cuniã - que concilia questões relacionadas à ocupação territorial e a integração de práticas variadas como agricultura, extrativismo florestal, manejo sustentável, pesca, e caça que contribuem para a produção de alimentos - vemos a necessidade de analisar a integração da floresta ao nexo água-energia-alimento em Unidade de Conservação na Amazônia.
Os resultando demostram que ao manter os recursos florestais, há melhoria na qualidade da água no solo, controle da erosão e resiliência contra secas e inundações; a floresta contribui com o fornecimento de biomassa/lenha para o preparo de alimentos e produção de produtos para comercialização; além disso, com a preservação floresta, ocorre a segurança alimentar dos moradores da reserva e disponibilidade de alimentos para comercialização, acarretando na geração de uma ampla diversidade de cadeias produtivas, tais como a cadeia do jacaré, cadeia do açaí, cadeia da mandioca e cadeia da castanha.
A abordagem de nexo mostrou-se adequada ao contexto da unidade de conservação ao demonstrar a importância de tratar-se os elementos água, energia, alimento e floresta de forma integrada na busca de uma maior sustentabilidade na exploração desses setores em nível de área de unidades de conservação.
ABDELZAHER, M. A. et al. Environmental Policy to Develop a Conceptual Design for the Water–Energy–Food Nexo: A Case Study in Wadi-Dara on the Red Sea Coast, Egypt. Water, v. 15, n. 4, p. 780, 2023. ABDAL, A.; OLIVEIRA, M. C. V.; GHEZZI, D. R.; SANTOS JÚNIOR, J. Métodos de pesquisa em Ciências Sociais: Bloco Qualitativo. São Paulo: Sesc São Paulo/CEBRAP, 2016. ALBRECHT, Tamee R.; CROOTOF, Arica; SCOTT, Christopher A. The Water-Energy-Food Nexo: A systematic review of methods for nexo assessment. Environmental Research Letters, v. 13, n. 4, p. 043002, 2018.