Resumo

Título do Artigo

CONTRIBUIÇÃO AO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: uma avaliação do uso de processamento de linguagem natural no monitoramento de sinais fracos
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Palavras Chave

Planejamento Estratégico
Sinais Fracos
Processamento de Linguagem Natural

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Processo Estratégico nas Organizações

Autores

Nome
1 - Alexandre Silveira Pupo
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - Faculdade de Economia, Adinistração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA/USP
2 - José Afonso Mazzon
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - FEA/USP - Pós-Graduação

Reumo

Como as mudanças se tornaram contínuas, monitorar o ambiente no contexto do Planejamento Estratégico-Organizacional via abordagens indicativas do futuro se tornou essencial. O monitoramento de Sinais Fracos (Weak Signals) – indícios incompletos da manifestação de fenômenos e que podem demandar ações (Ansoff et al., 2018) – é uma dessas abordagens e pode se beneficiar do uso do Processamento de Linguagem Natural (PLN). Como se pretende mostrar, tal via ainda é inexpressiva e possui lacunas cujo preenchimento contribui para avanços na Administração.
Inseridas em sociedades interconectadas, em economias baseadas em conhecimento e em dinâmicas produtivas e sociais inundadas por volumes crescentes de informações, as organizações precisam vislumbrar aquilo que pode acontecer em contextos de planejamento. O monitoramento de Sinais Fracos habilita tal capacidade, porém ainda é pouco explorado a partir da adoção de PLN. Almeja-se, nesse sentido, (i) determinar lacunas nas abordagens existentes e (ii) gerar proposições direcionadoras de pesquisas que estruturem e materializarem um modelo endereçando as lacunas apontadas.
Sendo o Planejamento Estratégico-Organizacional um recurso para as organizações poderem se conscientizar sobre os ambientes em que estão inseridas e desenvolver capacidades de ação, o monitoramento de Sinais Fracos é uma abordagem para esses fins (Ansoff et al., 2018). Como o monitoramento do ambiente é indissociável do planejamento e da gestão, os Sinais Fracos são relevantes e seu uso baseado em PLN – vertente interdisciplinar da Inteligência Artificial que trata do processamento da linguagem humana (Ferreira & Lopes, 2019) – pode proporcionar melhores resultados para as organizações.
Para o atingimento dos objetivos é realizado um Mapeamento Sistemático de Literatura (Kitchenham & Charters, 2007) que permite identificar o estado da arte e lacunas, bem como elaborar proposições por meio de análises calcadas em protocolo de pesquisa. Para trazer clareza adicional é utilizada uma combinação dos instrumentos de avaliação desenvolvidos por Parasuraman (2000) e por Sheridan e Verplank (1978) que medem níveis de interação homem-máquina, de modo que se possa identificar, caracterizar e fomentar modelos monitoramento de Sinais Fracos no âmbito do planejamento organizacional.
Há hiatos relacionados com o tratamento de Sinais Fracos sem as elevadas pré-condições matemático-estatísticas vindas das abordagens quantitativas e sem a obrigatoriedade do uso de especialistas vinda das abordagens qualitativas. Isso ocorre, pois (i) as abordagens existentes apresentam limitações e lacunas – relacionadas com fontes e usos de PLN no tratamento de dados, com premissas de modelos e de análise e com a dependência de especialistas – e (ii) todos os modelos apresentam baixos níveis de automação nas dimensões de interação homem-máquina.
À luz do referencial teórico, as análises da produção científica sobre o tema mostram uma adoção incompleta ou incipiente do PLN para o monitoramento de Sinais Fracos no contexto do Planejamento Estratégico-Organizacional, permitindo identificar lacunas e elaborar proposições. Dessa forma, os objetivos são atingidos e pavimenta-se o caminho de estudos quantitativos e qualitativos para conceber e materializar um modelo conceitual que preencha as referidas lacunas, mostrando a relevância dessa pesquisa para o fomento de avanços gerenciais, teóricos, metodológicos e sociais em Administração.
Ansoff, H. I., Kipley, D., Lewis, A. O., Helm-Stevens, R., & Ansoff, R. (2018). Implementing Strategic Management. Ferreira, M., & Lopes, M. (2019). Para conhecer linguística computacional. Editora Contexto. Kitchenham, B., & Charters, S. (2007). Guidelines for performing Systematic Literature Reviews in Software Engineering. Parasuraman, R. (2000). Designing automation for human use: Empirical studies and quantitative models. Ergonomics. Sheridan, T., & Verplank, W. (1978). Human and Computer Control of Undersea Teleoperators. United Nations. (2023). United Nations Sustainable Development.