O ambiente organizacional acarreta movimentos que impactam nas empresas e, especialmente, nas pequenas e médias empresas. Esse movimento resulta em interdependência entre os atores, ou seja, independentemente de estar ou não envolvido, os atores podem estar inseridos em relações não interativas. Por outro lado, a interação entre atores pode se configurar ou se caracterizar como um framework de rede de negócios, na qual pode ser observado por três elementos: atores, recursos e atividades.
A compreensão do efeito da interação da rede de negócios no desempenho das empresas, ou seja, pequenas e médias empresas podem contribuir para as investigações sobre a sua mortalidade e a sua longevidade. Assim, a investigação sobre a rede de negócios, pode ser de extrema relevância para entendimento do crescimento e do desenvolvimento das pequenas e médias empresas. Desta forma, o estudo tem o objetivo investigar o efeito da interação entre os atores, recursos e atividades da rede de negócios no desempenho de pequenas e médias empresas.
O mercado competitivo das organizações leva a pesquisadores como Håkansson e Snehota (1989), a estuarem mais sobre o assunto, entendendo que o tema das organizações e o ambiente que elas estão inseridas. O ambiente organizacional acarreta movimentos que impacta além dela, mesmo outras organizações que se encontram no mesmo ambiente (Håkansson & Snehota, 1995).
Este estudo utiliza-se de uma abordagem quantitativa. A abordagem quantitativa envolveu uma pesquisa descritiva, caracterizada como uma pesquisa survey de corte transversal.
A amostra de pesquisa contou com 44 empreendedoras da Associação Empreendedoras da Restinga (Brasil). Os resultados indicam a existência de um efeito positivo e significativo da interação da rede de negócios no desempenho das pequenas e médias empresas. Esse efeito positivo explica 35,2% do desempenho das pequenas e médias empresas.
Os resultados do estudo podem contribuir para a Associação de diversas formas, como mostrar a interação por meio da troca de informações e conhecimentos, o compartilhamento de recursos e o desenvolvimento de atividades conjuntas fortalecem os negócios. Sendo assim, é importante que as associadas busquem constantemente as melhorias de seus processos internos, bem como a implantação de melhores práticas organizacionais, consequentemente, obter vantagem competitiva.
Håkansson, H., & Johanson, J. (1992) A model of industrial networks, in Axelsson, B. and Easton, G. (eds) Industrial Networks: A New View of Reality, Routledge, London, 28-34.
Håkansson, H. (1989) Corporate technological behaviour: co-operation and networks. London: Routledge.