Resumo

Título do Artigo

FLEXIBILIZAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO E MUDANÇA ORGANIZACIONAL: um estudo em uma Instituição de Ensino Superior
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Palavras Chave

Flexibilização da jornada de trabalho
mudança organizacional
competência no trabalho

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Comportamento Organizacional

Autores

Nome
1 - Marlos Pinheiro Barcelos
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE BRASÍLIA - IESB (IESB) - Mestrado em Gestão Estratégica de Organizações

Reumo

O debate social que abrange as políticas conciliatórias têm como escopo sua eficácia em fomentar o bem-estar das famílias e tornar compatíveis as diferentes facetas de suas vidas, levando-se em consideração, o trabalho, a relação/cuidado com os familiares e o tempo pessoal (ABRÃO; MIOTO, 2017). Segundo Neiva e Paz (2007), muitos são os aspectos a considerar na definição do conceito de mudança, por exemplo, escopo, intensidade, tempo de reação, pessoas envolvidas, dentre outras.
Diante do exposto, questiona-se: a flexibilização da jornada de trabalho pode ser entendida como uma mudança organizacional para gestão na percepção de gestores e não gestores? Assim o objetivo geral deste artigo é identificar e descrever as competências profissionais, na visão de gestores e não gestores, inserido num contexto de flexibilização de jornada de trabalho. De maneira específica: Identificar as mudanças organizacionais percebidas por gestores e não gestores a partir do processo de flexibilização da jornada de trabalho.
De acordo com Colnago (2012), a flexibilização não é um conceito de fácil definição, tendo em vista que se relaciona a aspectos jurídicos, econômicos, políticos e sociais. Levando-se em consideração e sendo consequência dos processos de reestruturação produtiva, os novos padrões de gestão do trabalho estão centrados na flexibilização, transformando o contrato trabalhista, por meio das diversas formas flexíveis de emprego existentes no mercado de trabalho. Neiva (2004) define mudança organizacional como qualquer alteração, planejada ou não.
Este artigo constitui uma análise conteúdo que aborda e está associada ao tema: “Flexibilização da Jornada de Trabalho, Mudança Organizacional”. Buscou-se, a partir daí, a identificar e categorizar, por meio de análise de conteúdo (BARDIN, 2004), as representações da gestão sobre aspectos da Flexibilização da Jornada de Trabalho, Mudança Organizacional, quanto à sua profundidade e pertinência para os aspectos estudados. Após a transcrição das entrevistas, foi utilizado, para análise o software Iramuteq. Pierre Ratinaud (2009).
O corpus compôs-se pelas 19 entrevistas e 114 análises, que, foram constituídas por um único texto, separados em 720 segmentos do texto (ST), com aproveitamento de 449 desses ST (62,36%). Emergiram 25.466 ocorrências (palavras, formas ou vocabulários), sendo 2.961 palavras distintas e 1.491 com uma única ocorrência. O conteúdo analisado foi categorizado em três classes: Classe 1 (competências), com 133 ST (29,62%); Classe 2 (mudança), com 170 ST (37,86%); Classe 3 (flexibilização), com 146 ST (32,52%). Vale ressaltar que essas três classes se encontram divididas em três ramificações (A, B e C)
Os objetivos propostos para esse artigo foram alcançados. Neste sentido, foram descritas as principais percepções de gestores e não gestores sobre a flexibilização da jornada, as mudanças organizacionais que essa flexibilização proporcionou. A resposta ao problema de que há diferenças na percepção das competências de gestão, na visão de gestores e não gestores de uma Instituição de Ensino Superior Pública Federal foi abordada, resultando que, embora diferenças fossem percebidas, ambos, gestores e não gestores perceberam aspectos positivos e negativos da flexibilização, que engendraram.
ABRÃO, Kênia Cristina Lopes; MIOTO, Regina Célia Tamaso. Políticas de "conciliação" entre trabalho e responsabilidade familiar: o debate em curso na Europa e na América Latina. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/viewFile/25697/16414. Acesso em 22 mar. 2023. COLNAGO, Ana Teresa Athayde. (2012). Estratégias de coleta de dados com trabalhadores de baixa escolaridade. NEIVA, Elaine Rabelo; PAZ, Maria das Graças Torres da. Percepção de mudança organizacional: um estudo em uma organização pública brasileira.