Resumo

Título do Artigo

ANÁLISE DE CLUSTERING PARA PRIORIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA VACINAÇÃO CONTRA COVID-19 NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: COMO MAXIMIZAR OS ANOS SALVOS?
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Palavras Chave

Gestão de Imunizantes
Covid-19
Clusterização

Área

Administração Pública

Tema

Gestão em Saúde

Autores

Nome
1 - Renato dos Santos da Costa
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY (UNIGRANRIO) - Caxias
2 - Caroline Pereira do Nascimento da Costa
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY (UNIGRANRIO) - Barra
3 - Marco Aurelio Carino Bouzada
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY (UNIGRANRIO) - PPGA

Reumo

No Rio de Janeiro, o início do recebimento do primeiro lote de vacinação contra a COVID ocorreu em janeiro de 2021, correspondendo a menos de 3% da estimativa populacional do RJ. Surgiram, então, os problemas quanto à priorização da distribuição de vacinas no país. Diante da escassez de recursos, os gestores públicos tiveram o desafio de priorizar a distribuição das vacinas entre grupos ou faixas etárias visando minimizar os impactos da mortalidade, atender o interesse público, os anseios sociais e ao mesmo tempo manter os princípios da equidade e isonomia.
Na vacinação contra a COVID, houve priorização etária e funcional. Mas, e em termos geográficos? A pergunta é: será que não deveria ter ocorrido um prognóstico de priorização de municípios já que diferentes cidades apresentaram números muito discrepantes de casos e de óbitos oriundos de Covid-19? Logo, indaga-se, como pergunta de pesquisa: A qual(is) município(s) deveria ter sido priorizada a oferta inicial da vacina no estado do Rio de Janeiro?
Com a chegada do primeiro lote de vacinas no Brasil, uma esperança é renovada, já que toda a população sofreu fortemente com inúmeras consequências da crise provocada pela pandemia, com impactos profundos na educação, na saúde mental, na violência doméstica e na segurança alimentar (OLIVEIRA et al., 2022). A estratégia de distribuição de vacinal, além de considerar o tamanho das populações, também levou em conta cada grupo prioritário, a média móvel de mortalidade em cada localidade, da preservação da força de trabalho para manutenção dos serviços de saúde e serviços essenciais (BRASIL, 2021).
Foram coletados os dados dos 92 municípios do RJ. Foi realizada uma análise para agrupar os municípios em clusters razoavelmente homogêneos em termos de 4 variáveis (Casos, Óbitos, e ambos por 100 mil habitantes) e identificar os clusters prioritários para a vacinação. Foi elaborada uma matriz de “Anos de Vida”, simulando a expectativa de vida por idade. Foram estimadas eficácias de 80%, 90% e 95% decrescentes com a idade em 81 cenários, distribuindo as vacinas existentes no primeiro lote dentre as faixas etárias.
Foi realizada a clusterização e foram obtidos 4 clusters geográficos, dois deles identificados como prioritário (Rio de Janeiro em um e 27 municípios em outro, incluindo Baixada Fluminense e Região dos Lagos) Diante dos resultados estimados para a distribuição da vacina no Cluster 2 (MRJ) e no Cluster 4 (27 municípios) e de acordo com a distribuição das vacinas por faixa etária decrescente, podemos observar a expectativa dos anos de vida que seriam salvos (a mais do que como foi feita a priorização – homogênea no estado) seria de 80000 a 140000 no Cluster2 e de 40000 a 60.0000 no Cluster4.
Ao aplicar as vacinas nos idosos em ordem decrescente de idade, a concentração do primeiro lote exclusivamente no município do Rio de Janeiro. Desse modo, apresentaria resultados para o cenário otimista de eficácia vacinal, salvas e mais de 7 vezes melhor em relação à quantidade de anos salvos se comparados à distribuição nos demais municípios do RJ, e também substancialmente melhores se comparados à concentração das doses no outro cluster obtido nesta pesquisa. Os resultados, então, apontam para melhores resultados se a distribuição das doses fosse concentrada na capital fluminense.
ABURTO, J. et al. Quantifying impacts of the covid-19 pandemic through life-expectancy losses. Int J Epidemiol., v. 51, n. 1, p. 63-74, 2022. COSTA, C. et al. Paradigmas da gestão de imunizantes: o uso de métodos quantitativos (...) em tempos de Covid-19 no estado do RJ. Revista de Gestão e Secretariado (Management and Administrative Professional Review), v. 13, n. 4, p. 2197-2225, 2022. OLIVEIRA, L. de et al. Avaliação da eficácia e segurança das principais vacinas utilizadas contra COVID-19 no Brasil. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v. 8, n. 4, p. 31753-31767, abr. 2022.