Resumo

Título do Artigo

PARA ALÉM DA REPRESENTAÇÃO: UMA ANÁLISE SEMIÓTICA DA REPRESENTATIVIDADE SÁFICA NAS TELENOVELAS DA TV GLOBO
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Palavras Chave

semiótica
estudos de gênero
lésbicas

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Diversidade, Diferença e Inclusão nas Organizações

Autores

Nome
1 - Beatriz Glória Hossmann
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO (PUC-RIO) - Rio de Janeiro
2 - Luís Alexandre Grubits de Paula Pessôa
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO (PUC-RIO) - Departamento de Administração (IAG)
3 - Severino Joaquim Nunes Pereira
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO (UFRRJ) - Programa de Pós Graduação em Administração - Mestrado Profissional em Desevolvimento Sustentável

Reumo

Ao longo da história, sempre existiram muitas mulheres que se relacionavam com outras mulheres amorosamente. Um exemplo é Safo de Lesbos, poetisa grega que acredita-se ter vivido entre o período de 630 e 570 a.c. e que, segundo Boia (2013), serviu de inspiração para a criação do termo “sáfico”, se referindo a todas as mulheres que se envolvem em relações homoafetivas, sejam elas lésbicas ou não. Isso porque, conforme afirma a autora, Safo “escreve poemas com um tom manifestamente erótico, celebrando o amor entre mulheres” (Boia, 2013, p.19). Posto isso, vale acrescentar que desde os primórdios
O presente artigo analisa, por meio da semiótica discursiva da linha francesa, se houve uma transformação da representatividade de mulheres lésbicas e bissexuais, ao longo dos anos, a partir de três telenovelas da TV Globo de períodos distintos da história contemporânea: Torre de Babel (1998), de um período pós-redemocratização, Em família (2014), de um período em que o Conselho Nacional de Justiça já havia aprovado o casamento homoafetivo no Brasil (2013) e Um lugar ao sol (2021), telenovela recente, exibida em um período pós Supremo Tribunal Federal criminalizar a homotransfobia (2019).
Teoria queer A analítica queer fundamenta-se nos estudos realizados por Foucault (1976) e reproduzidos em vários de seus livros, como “A história da sexualidade”, por exemplo, em que este defende “uma visão pós-identitária e fragmentada em relação ao pensamento identitário/binário hegemônico sobre a sexualidade e os estudos de gênero” (Souza & Carrieri, 2010, p.2), abordando não somente a característica histórica da sexualidade, como também a sua capacidade de agir como dispositivo de poder. Partindo desse princípio, em “Problemas de Gênero”, Butler (2021) apresenta uma discussão a respeito d
ASPECTOS METODOLÓGICOS O artigo em questão associa-se à perspectiva teórica da semiótica discursiva de linha francesa, fundada por Algirdas Julien Greimas, também conhecida como semiótica greimasiana ou, ainda, semiótica da Escola de Paris, que, nos anos 1960, aproximou a Linguística, a Antropologia e a Lógica formal, “construindo uma disciplina extremamente complexa, capaz de examinar a produção do sentido de quaisquer textos, sejam verbais, não-verbais ou sincréticos” (Mendes, 2011). É importante considerar que o desenvolvimento da Semiótica integrou progressivamente a linguística da enun
RESULTADOS Torre de Babel (1998) - Percurso gerativo do sentido Em Torre de Babel, a categoria semântica mais profunda apresentada para as personagens Leila e Rafaela é “aceitação versus censura”, que se manifesta de diferentes formas, mas que é capaz de compilar o conteúdo geral da trama de ambas, sendo a oposição de base que sustenta toda a sua narrativa. O termo aceitação é determinado como eufórico, enquanto o termo censura, como disfórico. Sendo assim, as operações de negação e afirmação no texto levam ao percurso que segue: (afirmação) ( negação ) ( afirmação ) Aceitaç
O presente artigo procurou analisar os significados associados às mulheres sáficas, no contexto de três narrativas seriadas ficcionais selecionadas para comporem o seu corpus: Torre de Babel, de 1998, Em família, de 2014 e Um lugar ao sol, de 2021, buscando entender se houve uma transformação na forma como essas mulheres foram representadas ao longo dos anos. Posto isso, conclui-se que a narrativa de 1998 é muito marcada por uma representação estereotipada e estigmatizada (Goffman,1988), havendo pouco tempo de tela, além de finalizar com uma sanção negativa. No entanto, existe o aspecto posit
Abdalla, C. C., & Brito, E. P. (2016). Pesquisas de Gênero em Consumer Culture Theory: Classificação sobre um Olhar Pós-Estruturalista. 12o Congresso Latino-Americano de Varejo e Consumo: Transformação Digital no Varejo. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv. br/ocs/index.php/clav/clav2016/ paper/view/5865. Acesso em: 06/02/2022. Almeida, H. B. Telenovela, consumo e gênero, “muito mais coisas”. Bauru, SP: EDUSC, 2003. Baccega, M. A. O Estereótipo e as Diversidades. Comunicação & Educação, São Paulo, pp. 7-14, 1998. Barros, D. L. P. Estudos do discurso. In: FIORIN, José Luiz (Org.). I