Resumo

Título do Artigo

MOTORISTAS E ENTREGADORES EM LUTA CONTRA A UBERIZAÇÃO: O CASO DO COLETIVO INDEPENDENTE DE TRABALHADORES EM APP’S (CITA)
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Palavras Chave

uberização
organizações
resistẽncia

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Organizações Não-Convencionais

Autores

Nome
1 - Martín Andrés Moreira Zamora
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) - PPGA

Reumo

Desde a acumulação flexível, a organização do trabalho direciona-se para a flexibilização de vínculos e a erosão de salários. A uberização se destaca. No Brasil, surgiu como alternativa ao desemprego ou complemento de renda. Esse contexto contribuiu para a formação de um descontentamento que começa a buscar meios de organização, desencadeando-se na formação de organizações de apoio mútuo protagonizadas pelos motoristas e entregadores por aplicativo. A partir do caso do CITA, o presente trabalho discute a relevância das pequenas org. nos protestos massivos e como estas contribuem para a luta pe
A relevância das pequenas organizações na construção de protestos massivos e como estas contribuem para a luta em defesa dos direitos dos trabalhadores por aplicativo
A fundamentação teórica deste trabalho se divide em dois blocos. O primeiro diz respeito à uberização do trabalho, dialogando com os principais conceitos para melhor compreender o fenômeno analisado. No segundo bloco, apresenta a organização dos trabalhadores na luta contra a uberização do trabalho.
Os motoristas e entregadores formam organizações contra as precárias condições de trabalho. Essas oscilam entre o consentimento e a resistência. Tais contradições não foram suficientemente vigorosas para impedir os motoristas e entregadores de participarem das mobilizações em 2019 e 2020.O estudo de caso proposto permite observar que mobilizações com caráter de massas como o Breque dos App’s, também são construídos por pequenas organizações e que, em conjunto com outras organizações, podem se tornar ferramentas importantes para a construção coletiva de uma transformação social.
Os motoristas e entregadores formam organizações contra as precárias condições de trabalho. Essas oscilam entre o consentimento e a resistência. Tais contradições não foram suficientemente vigorosas para impedir os motoristas e entregadores de participarem das mobilizações em 2019 e 2020.O estudo de caso proposto permite observar que mobilizações com caráter de massas como o Breque dos App’s, também são construídos por pequenas organizações e que, em conjunto com outras organizações, podem se tornar ferramentas importantes para a construção coletiva de uma transformação social.
ABÍLIO, Ludmila Costhek. Uberização: a era do trabalhador just-in-time?. Estudos Avançados, v. 34, n. 98, p. 111–126, 2020a. BURAWOY, Michael. Manufacturing consent: changes in the labor process under monopoly capitalism. Chicago: University of Chicago Press, 1979. CANNAS, Fábio Ramos. Movimentos de resistência do trabalhador uberizado. Temporalis, v. 20, n. 39, p. 132–145, 2020. GONSALES, Marco. Indústria 4.0: empresas plataformas, consentimento e resistência. Em: ANTUNES, Ricardo; NOGUEIRA, Arnaldo (org.). Uberização, trabalho digital e indústria 4.0. São Paulo, SP: Boitempo, 2020.