Resumo

Título do Artigo

Rentabilidade e a capacitação profissional do gestor: Uma análise dos fundos de investimentos de ações livres durante a pandemia de COVID-19.
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Palavras Chave

Fundos de investimentos
Capacitação profissional
Avaliação de desempenho

Área

Finanças

Tema

Apreçamento de Ativos

Autores

Nome
1 - João Pedro Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Pampulha
2 - Robert Aldo Iquiapaza
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - CEPEAD

Reumo

A pandemia de COVID-19 impactou de várias formas o mercado financeiro, de modo que os fundos de ações ficaram muito expostos a volatilidade. Assim, tem-se uma oportunidade para analisar o papel da capacitação dos gestores em um ambiente de incertezas. Esses profissionais são fundamentais para o desempenho do fundo, porque são responsáveis pela aplicação da estratégia de investimento, gerenciando a relação risco retorno dos ativos. Com relação ao desempenho as principais medidas são o índice Sharpe e o alfa de Jensen.
Esse trabalho visa avaliar se o nível de capacitação profissional dos gestores de fundos de ações livres brasileiros apresentou algum efeito sobre o desempenho dos seus fundos no período da pandemia de Covid – 19 (Sars-CoV-2), janeiro de 2020 até dezembro de 2021. A pesquisa contou com dados de 1024 fundos de ações.
O desempenho dos fundos é uma das variáveis chaves no processo de decisão de um investidor entre aplicar ou não recursos em determinado fundo. De acordo com a literatura, a capacitação profissional do gestor através do seu tempo de experiência de mercado, formação, MBA ou pós-graduação e certificação profissional (GOLEC, 1996), pode ter impacto favorável nos resultados dos fundos. Um melhor capital humano pode ser importante, especialmente em cenários de mercado mais desafiadores como a pandemia de COVID-19 (YAROVAYA et al., 2021).
A metodologia consistiu na análise de três medidas de desempenho (índice de Sharpe, alfa do CAPM, alfa de Carhart) confrontadas com variáveis de capacitação dos gestores (Pós-graduação, certificações nacionais e internacionais e tempo de experiência no mercado financeiro), e demais variáveis de controle, analisadas através de modelos de regressão múltipla. Foi proposto utilizar um escore de capacitação em lugar de dummies de capacitação.
Os principais resultados apontaram que as variáveis de capacitação não apresentaram efeitos estatisticamente significativos no desempenho dos fundos durante a pandemia. O score de capacitação proposto, embora diferencie os gestores, também não foi significativo. Modelos alternativos foram criados para completar a análise, de modo que os gestores de fundos exclusivos apresentam um score de capacitação maior que os fundos de varejo no período analisado, isso influenciou o seu desempenho, diminuindo suas perdas.
Não se encontrou uma regularidade entre o grau de instrução profissional, certificações (internacionais e nacionais), pós graduação e tempo de experiência dos gestores sobre o desempenho. O escore de capacitação, proposta do estudo, que possibilitou a ordenação dos gestores de acordo com seu grau de instrução, também não foi significativo. Assim, na pandemia o desempenho não pode ser explicado pela capacitação do gestor, em linha com alguns trabalhos (OLIVEIRA; ROSSI, 2014; GOTTESMAN; MOREY 2006).
GOLEC, J. H. The Effects of Mutual Fund Managers’Characteristics on Their Portfolio Performance, Risk and Fees. Financial Services Review, v.5, n 2, 1996. GOTTESMAN, A. A.; MOREY, M. R. Manager education and mutual fund performance. Journal of Empirical Finance, v.13, n.2, 2006. OLIVEIRA, C.; ROSSI, J. L. Certificação profissional e desempenho dos fundos de investimento no Brasil. Revista de Administração Contemporânea, v.18, n.3, 2014. YAROVAYA, L. et al. Human capital efficiency and equity funds’ performance during the COVID-19 pandemic. International Review of Economics & Finance, v.71, 20