Resumo

Título do Artigo

PRÁTICAS DE GESTÃO DE PESSOAS QUE CONTRIBUEM PARA A SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
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Palavras Chave

PRÁTICAS DE GESTÃO DE PESSOAS
SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL
REVISÃO INTEGRATIVA

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Políticas, Modelos e Práticas de Gestão de Pessoas

Autores

Nome
1 - DANIELE GALVÃO RODRIGUES
UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO (UPF) - PASSO FUNDO
2 - RODRIGO ANGONESE
UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO (UPF) - PPGAdm/FEAC

Reumo

A noção de desenvolvimento sustentável tem implicado em uma mudança paradigmática nos estudos organizacionais, que considera as dimensões ambiental e social nas estratégias das organizações, para além do foco econômico. Diante desse contexto, a área da gestão de pessoas (GP) torna-se fundamental para que as organizações atinjam a sustentabilidade organizacional. Isso porque os trabalhadores, enquanto atores sociais, consistem na força motriz para a mudança organizacional. Estudar de modo prático e concreto de que forma a GP pode colaborar nesse processo, torna-se, portanto, imprescindível.
Na atualidade tem crescido o interesse na relação entre práticas estratégicas de GP e suas consequências para a sustentabilidade organizacional, sendo essa uma área emergente de pesquisa. Apesar disso, ainda há lacunas de pesquisas que ofereçam, de modo concreto, sugestões de práticas sustentáveis de GP, as quais poderiam servir como exemplo e fundamento para iniciativas em outras organizações. Destarte, o objetivo desta revisão consiste em apresentar a produção científica sobre práticas da GP que corroboram com a sustentabilidade organizacional, no período de 2013 a 2022.
A GP evolui em resposta a mudanças contextuais (FLEURY; FISCHER, 1992). Assim, práticas de GP têm importante papel de transformação em direção ao novo paradigma sustentável, já que mudanças estratégicas, gerenciais e culturais da organização se efetivam e se legitimam a partir do envolvimento das pessoas que a compõem (GONÇALVES; STEFANO; BACCARO, 2017). Conforme Carvalho, Stefano e Munk (2015), a minimização de impactos sociais e ambientais negativos gerados pela rotina de trabalho e vida é possível por meio da apropriação de novos valores e atitudes, a partir da interação dos trabalhadores.
Verifica-se diversos pontos de convergência nos achados que serviram de base para esta revisão em relação às práticas sustentáveis em GP. Os estudos indicam que, somente quando as organizações forem ativas e essencialmente comprometidas com questões sociais e ambientais, além das econômicas, poderão suscitar o comportamento ambiental e social voluntários e efetivos por parte dos trabalhadores. Desse modo, práticas sustentáveis de GP devem ser implementadas com base em princípios e valores éticos da organização, de modo sistemático, considerando, ainda, o contexto organizacional.
Entende-se que o objetivo do estudo foi alcançado, sendo possível mapear práticas de GP que contribuem para o alcance da sustentabilidade nas organizações, inclusive, de forma mais sintética, conforme exposto no Quadro 4, elaborado pelos autores. Os resultados evidenciam a importância das práticas em GP para o alcance da sustentabilidade corporativa, uma vez que determinadas práticas implementadas de modo efetivo, sistemático e coerente com os propósitos da organização, considerando-se, inclusive, o contexto organizacional, exercem impacto direto nas organizações, conduzindo à sua longevidade.
CARVALHO, A. C. V.; STEFANO, S. R.; MUNCK, L. Competências voltadas à sustentabilidade organizacional: um estudo de caso em uma indústria exportadora. Gestão & Regionalidade, v. 31, n. 91, 2015. FLEURY, M. T. L.; FISCHER, R. M. Relações de trabalho e políticas de gestão: uma história das questões atuais. RAUSP Mgmt. Journal, v. 27, n. 4, p. 5-15, 1992. GONÇALVES, M.F.; STEFANO, S. R.; BACCARO, T. A sustentabilidade organizacional e suas relações com a gestão estratégica de pessoas: um estudo de caso em uma cooperativa agroindustrial. Revista de Adm. da Unimep, v.15, n. 3, p. 51-73, 2017.