Resumo

Título do Artigo

Análise comparativa dos efeitos do VIX sobre a volatilidade das principais Bolsas de Valores da América Latina e do G7: um estudo econométrico no período pré e durante a epidemia de Covid-19
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Palavras Chave

VIX
Covid-19
Contágio financeiro

Área

Finanças

Tema

Apreçamento de Ativos

Autores

Nome
1 - Pedro Raffy Vartanian
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (MACKENZIE) - Mestrado Profissional em Economia e Mercados
2 - Roberto Simioni Neto
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (MACKENZIE) - Higienópolis

Reumo

O Índice VIX, conhecido como o “Índice do Medo”, mede as expectativas dos investidores com relação às ações que compõem o S&P 500, que é o índice que concentra as empresas listadas mais relevantes dos Estados Unidos. Quanto maior o índice VIX, maior tende a ser a incerteza global entre os investidores, acentuando a queda dos ativos de forma geral. Por outro lado, quanto menor o nível do índice VIX, maior o otimismo entre os investidores com baixo nível de percepção de risco (Chandra; Thenmozhi, 2015).
O presente estudo teve como objetivo analisar e comparar os efeitos do índice VIX sobre a volatilidade das Bolsas de Valores dos principais países da América Latina (Brasil, Chile e México), e também sobre algumas das principais bolsas internacionais dos países integrantes do G7 (Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido), no período de Janeiro de 2017 a Dezembro de 2021 e, paralelamente, responder à seguinte pergunta: como o índice VIX impactou, comparativamente, as Bolsas de Valores dos países da América Latina (Brasil, Chile e México) e as principais bolsas internacionais?
Para realizar o presente estudo, considerou-se o fato de que a economia dos Estados Unidos tem significativa influência e impacta os demais mercados internacionais, como ficou evidenciado durante a crise financeira global em 2007-2009, momento em que, segundo Karolyi e Stulz (2003), a instabilidade americana se espalhou para outros mercados financeiros, aumentando as pesquisas sobre contágio e transbordamento. Segundo Giot (2015), estudos a respeito já apontaram que os retornos do VIX e do mercado de ações dos Estados Unidos estão negativamente correlacionados ao longo do período.
Modelos de volatilidade vêm sendo aplicados de forma recorrente no campo das finanças e em outras áreas. Os modelos univariados, da família ARCH/GARCH, permitem a análise da volatilidade ao longo de um período de tempo, ao passo que os modelos multivariados possibilitam a análise de contágio de volatilidade entre duas ou mais variáveis. Nesse contexto, os modelos GARCH multivariados (MGARCH) têm sido amplamente utilizados quando o objetivo é investigar a volatilidade, a transmissão de correlação e os efeitos de transbordamento (spillover) em estudos de contágio (Silvennoinen; Terasvita, 2008).
O índice VIX demonstrou, no período selecionado, muito mais volatilidade quando analisado, de forma comparativa, à performance dos demais índices das bolsas de valores, seguido apenas pelos índices INDU e Ibovespa. Além disso, também entre os resultados encontrados, identificou-se que não há, como regra geral, correlação negativa tal como se esperava encontrar entre os índices das bolsas de valores
A correlação negativa somente pode ser observada no auge da crise provocada pela pandemia de Covid-19, o que permite refutar a hipótese inicialmente formulada na pesquisa. Tal fato já foi observado em outras crises, em que um choque no índice VIX levou a um aumento pontual das correlações entre bolsas internacionais que tende logo a diminuir, conforme já abordado em Ceylan (2021).
AGYEI, SK. et al. “Spillovers and contagion between BRIC and G7 markets: New evidence from time frequency analysis. Newcastle University”. Journal Plos One, 2022. AKHTARUZZAMAN, Md et al. “Financial Contagion during the Covid-19 crisis”. Finance Research Letters. V. 38, 2020. AMITRANO, Claudio et al. Medidas de enfrentamento dos efeitos econômicos da pandemia Covi-19: Panorama Internacional e análise dos casos dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Espanha. Texto para discussão 2559. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 2020.