Resumo

Título do Artigo

A ATENÇÃO SEDUNDÁRIA À SAÚDE NA PANDEMIA DA COVID-19 EM MINAS GERAIS: uma análise empírica da resposta do SUS no enfrentamento aos casos graves
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Palavras Chave

COVID-19
Média complexidade hospitalar
Sistema Único de Saúde

Área

Administração Pública

Tema

Gestão em Saúde

Autores

Nome
1 - Josimary Conceição de Sousa
Fundação João Pinheiro - FJP/MG - Pampulha
2 - Silvio Ferreira Júnior
Fundação João Pinheiro - FJP/MG - Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho
3 - Lúcio Otávio Seixas Barbosa
Fundação João Pinheiro - FJP/MG - DIREI/FJP

Reumo

Em uma situação de crise intempestiva como a COVID-19, o aumento repentino de casos agudos de saúde, provenientes de uma doença até então não catalogada pelos sistemas de saúde, agrava ainda mais os problemas ocasionados pela limitação de recursos dedicados à prestação dos serviços públicos. Se em tempos normais já existe a dificuldade em atender ao leque de demandas por serviços de saúde pública, ao surgir uma pandemia de uma nova doença, o impacto é devastador na proporção inversa da capacidade de resposta dos sistemas de saúde.
Nesse cenário, onde o tempo corre em desfavor do sistema, a articulação de ações coordenadas entre os níveis da atenção à saúde torna-se ainda mais urgente. Ao segundo nível de atenção (atenção secundária) caberia ao sistema buscar a resolubilidade microrregional no atendimento aos casos graves. Logo, o presente estudo tem como objetivo geral investigar a capacidade de resposta do SUS-MG no enfrentamento aos casos graves de COVID-19, especificamente com relação aos serviços da média complexidade hospitalar.
De acordo com a Matriz de Avaliação de Desempenho dos Serviços de Saúde dentro do contexto político, social e econômico devem ser verificados os principais determinantes relacionados aos problemas de saúde. A identificação desses problemas permite conhecer as condições de saúde da população por meio de indicadores de mortalidade, morbidade, limitação de atividade física e qualidade de vida em suas diferentes regiões. Por sua vez as necessidades de saúde orientam a estrutura do sistema de serviços de saúde que determina o desempenho dos serviços de saúde. (PROADESS, 2023).
Esta pesquisa, de natureza empírica, utiliza da abordagem quantitativa para analisar a resposta do SUS no Estado de Minas Gerais no que tange ao enfrentamento dos casos graves de COVID-19, cujo tratamento, em nível de média complexidade hospitalar, exigiu a urgente ampliação e distribuição regional de leitos, conforme o aumento dos correspondentes níveis de morbidade microrregionais, especialmente, nos dois primeiros anos da pandemia. Com tal propósito, a estrutura metodológica se baseia na Matriz de Dimensões da Avaliação de Desempenho do Sistema de Saúde – MDADSS.
Os resultados demonstraram que o sistema respondeu com incremento de investimentos financeiros e com aumento de leitos de forma equitativa, direcionando mais leitos para as microrregiões que tiveram maior quantidade de óbitos. Adicionalmente, a estrutura demonstrou melhor resolubilidade nas microrregiões que registraram maior aumento de leitos.
Por fim, esta pesquisa evidenciou que os dois primeiros anos foram os de maior incidência de mortes, portanto os de maior preocupação em saúde pública a fim de evitar a transmissão da doença por meio de medidas de prevenção e cuidado e que o SUS-MG deu uma resposta assertiva com relação ao aumento de financiamento e do número de leitos em período de maiores picos da doença e na maioria de suas microrregiões de Minas Gerais, apesar de algumas exceções.
PROADESS. Projeto de Avaliação de Desempenho do Sistema de Saúde. Matriz de dimensões da avaliação de desempenho do sistema de saúde. Fiocruz. Disponível em: . Acesso em 12. fev.2023. VIACAVA, Francisco. et al. Uma metodologia de avaliação do desempenho do sistema de saúde brasileiro. Ciência & Saúde Coletiva. v.9, n.3. set.2004. Disponível em: . Acesso em: 12.fev. 2023.