Resumo

Título do Artigo

GREENWASHING E DIVULGAÇÃO: UMA ANÁLISE À LUZ DA TEORIA DA AGÊNCIA, TEORIA DA SINALIZAÇÃO E TEORIA DA LEGITIMIDADE
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Palavras Chave

Greenwashing;
Divulgação;
Ensaio teórico

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Responsabilidade Social Corporativa (RSC)

Autores

Nome
1 - Ana Lidia de Oliveira Silva Ramalho
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade
2 - Pedro Jorge Pinheiro da Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FACULDADE DE ECON. ADM. ATUÁRIA E CONTABILIDADE (FEAAC)
3 - Editinete André da Rocha Garcia
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAC

Reumo

Com a crescente preocupação ocasionada por problemas ambientais, as empresas têm sido incentivadas a divulgar relatórios de sustentabilidade a fim de demonstrar comprometimento social e sustentável com objetivo de atrair o interesse de investidores e demais interessados. Contudo, existe um problema conhecido como greenwashing em que algumas dessas empresas, de forma deliberada ou não, divulgam informações incorretas ou falseáveis, visando obter vantagens nas competições de mercado. Dada a falta de padronização na elaboração desses relatórios, ocasiona um aumento da incidência dessa prática.
Este ensaio teórico parte da problemática de como a falta de regulamentação e padronização dos relatórios de sustentabilidade potencializam a prática do greenwashing. Para isso, este estudo se propõe a discutir a temática sob a ótica de três abordagens teóricas distintas, porém complementares (teoria da agência, teoria da sinalização e teoria da legitimidade) a fim de trazer reflexões sobre a necessidade de adotar mecanismos para a mitigação da prática.
O greenwashing pode ser visto na relação de conflito de agência, onde os gestores agem visando benefícios próprios em detrimento dos interesses dos stakeholders (Yang et al., 2020). Assim, os relatórios de sustentabilidade são utilizados como estratégias de sinalização das empresas para com o compromisso socioambiental, permitindo sua legitimidade (Garcia et al., 2021). Contudo, o greenwashing distorce essa percepção, favorecendo a assimetria informacional, prejudicando a transparência e gerando descredibilidade por parte dos tomadores de decisão (Delmas & Burbano, 2011).
Considerando que a divulgação dos relatórios de sustentabilidade ainda carece de formalização, fica a critério das empresas a conveniência da informação a ser divulgada. Com isso, a fim de mitigar os problemas ocasionados pela prática do greenwashing, discute-se a necessidade de estabelecer diretrizes para os relatórios de sustentabilidade, além de mecanismos, juntos às práticas de Responsabilidade Social Corporativa e da auditoria externa objetivando garantir a confiabilidade, a redução da assimetria informacional e a transparência da divulgação das informações de sustentabilidade.
Dado que a divulgação voluntária de informações não financeiras tem propiciado a ocorrência do greenwashing dentro dos relatórios de sustentabilidade, torna-se imperativo empreender esforços na busca por soluções que assegurem a elaboração de relatórios precisos e transparentes. A fim de mitigar essa prática, a regulamentação e a auditoria desempenham um papel fundamental. A combinação desses mecanismos promove a transparência, reduzindo a assimetria informacional entre gestores e stakeholders, fortalecendo a confiança dos stakeholders na autenticidade das práticas sustentáveis das empresas.
Delmas, M. A., & Burbano, V. C. (2011). The drivers of greenwashing. California Management Review, 54(1), 64–87. Garcia, E. A. R., Carvalho, G. M., Boaventura, J. M. G., & Souza Filho, J. M. (2021). Determinants of corporate social performance disclosure: a literature review. Social Responsibility Journal, 17(4), 445-468. Yang, Z., Nguyen, T. T. H., Nguyen, H. N., Nguyen, T. T. N., & Cao, T. T. (2020). Greenwashing behaviors: causes, taxonomy and consequences based on a systematic literature review. Journal of Business Economics and Management, 21(5), 1486-1507.