Resumo

Título do Artigo

O Protagonismo Feminino Nível Firma e Nível País e o Ranking de Corrupção impactam na Performance?
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

Diversidade de Gênero no Conselho de Administração
Ranking de Corrupção
Performance

Área

Finanças

Tema

Governança Corporativa, Risco e Compliance

Autores

Nome
1 - Fernanda Ernesto Machado Felix de Castro
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Faculdade de Gestão e Negócios
2 - Fernanda Maciel Peixoto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - FAGEN
3 - Thayla Machado Guimarães Iglesias
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - FACULDADE DE GESTÃO E NEGÓCIOS (FAGEN)
4 - MARCELO FODRA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - FAGEN

Reumo

Segundo pesquisas do Fórum Econômico Mundial, o mundo, de maneira geral, é marcado pelo preconceito e discriminação contra as mulheres. Embora seja possível perceber certo movimento de mudança, ainda há significativa discrepância em diversos contextos em relação às funções e às ocupações atribuídas aos indivíduos do sexo feminino (World Economic Forum, 2022). Quando se analisam os trabalhos científicos já publicados, observa-se que o assunto vem ganhando destaque tanto à luz das empresas quanto a nível país (Reddy & Jadhav, 2019; Saona et al., 2018).
Esta pesquisa investiga a relação entre o nível de igualdade de gênero e o nível de corrupção dos países e a performance das firmas inseridas nestes países. Ademais, a pesquisa analisa qual o papel da presença feminina nos conselhos de administração nesta relação.
Uma sociedade equitativa, que reconhece sua população independente do gênero, representa uma influência benéfica a performance empresarial (Belaouniaa, Taob & Zhaob, 2020). Além disso, verifica-se que um ambiente corrupto impacta a relação das organizações com os demais agentes (Larson, 2019), acometendo a performance das firmas (Van Vu et al., 2018).
A amostra envolveu 20 países emergentes e um total de 22.054 firmas, no período de 2016 a 2021. Os dados foram coletados na base Bloomberg e nos sites do Fórum Econômico Mundial e da Transparência Internacional. Utilizou-se regressão multinível, tendo como variável dependente o Q de Tobin e como variáveis explicativas principais os índices Gender Gap Index (IGG) e Corruption Perceptions Index (CPI).
Este estudo encontrou que em países emergentes com maior igualdade de gênero, e ao mesmo tempo, com maior presença de mulheres nos conselhos de administração (CAs), obtém-se maior performance. Ademais, constatou que os países com menores índices de corrupção apresentam maior performance. Percebeu-se também que países menos corruptos e com maior presença feminina nos cargos de alto escalão proporcionam melhor performance.
Este estudo contribui com a literatura ao analisar a performance das empresas dos países emergentes, considerando questões sócio-político-econômicas. Não foi encontrado nenhum estudo no Brasil e nem no exterior que aliasse variáveis de gênero nível firma e nível país com a performance e, ao mesmo tempo, analisasse a corrupção juntamente com questões de gênero e seus impactos sobre a performance.
Abdelzaher, A., & Abdelzaher, D. (2019). Women on boards and firm performance in Egypt: post the Arab spring. The Journal of Developing Areas, 53(1). Arun, T. G., Almahrog, Y. E., & Aribi, Z. A. (2015). Female directors and earnings management: Evidence from UK companies. International Review of Financial Analysis, 39, 137-146. Belaounia, S., Tao, R., & Zhao, H. (2020). Gender equality's impact on female directors’ efficacy: A multi-country study. International Business Review, 29(5), 101737.