Resumo

Título do Artigo

Análise de Risco e Retorno dos Índices de Sustentabilidade e Governança da B3
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Palavras Chave

Índices
ESG
Desempenho de carteiras teóricas

Área

Finanças

Tema

Decisões de Investimento Empresarial

Autores

Nome
1 - Pedro Jorge Silva Gonçalves
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS (UEMG) - Passos
2 - Davi Lemos Reis
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - PPG-Controladoria e Contabilidade

Reumo

No contexto atual, muito se discute sobre o posicionamento das empresas em relação as questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável e suas práticas internas de gestão, de transparência, de prestação de contas e de responsabilidade social. O aumento no número de investidores pessoas físicas pode pressionar a importância de elementos de ESG para a área de investimentos. Como uma das principais formas de avaliar mercados e segmentos é por meio de índices, a comparação desses índices ligados a questões ESG pode ser importante nesse novo contexto.
Estudos sobre desempenho de ativos e índices têm sido conduzidos ao longo dos anos. Porém, ao se tratar dos índices ESG, a maior parte dos estudos conduz comparações ou de sustentabilidade ou de governança com índices amplos. Diante disso, esse trabalho buscou ampliar a análise, acrescentado novos índices e comparando o desempenho dos diferentes segmentos, levando ao seguinte problema de pesquisa: a performance dos índices de sustentabilidade e de governança apresentam melhores desempenhos quando comparados com os índices amplos da B3 e da taxa livre de risco utilizada pelo mercado?
O ESG (Environmental, Social and Governance) é uma das principais preocupações do mundo globalizado, em português, a sigla remete às questões ambientais, sociais e de governança das empresas. Devido a importância do tema na sociedade, a exigência do mercado para que as empresas se comprometam as práticas ESG vem aumentado nos últimos anos. Para medir o impacto dessa problemática, buscou-se investigar índices, sendo que um indicador pode ser definido como dados estatísticos que fornecem parâmetros sobre determinado fenômeno em avaliação.
Foi utilizado para o desenvolvimento uma metodologia descritiva com abordagem quantitativa, utilizando para a coleta dos dados fontes secundárias com dados da B3. A partir da coleta, foi utilizado como técnica de tratamento dos dados a análise estatística descritiva através de medidas de dispersão e correlação entre as variáveis. Esse estudo considerou um período de 10 anos, desde a criação do sendo o período de março de 2013 (01/03/2013) à março de 2023, totalizando 121 observações de cada índice e 847 observações totais.
Após a coleta dos dados, os mesmos foram organizados, tabulados e submetido a testes estatísticos em planilha eletrônica. Os testes estatísticos usados foram a média, variância e desvio-padrão. Na comparação de dados, foram feitos testes de covariância e correlação de Spearman. Para comparação com uma taxa livre de risco foi usado o Índice Sharpe e considerado o CDI acumulado no mesmo período.
Durante o período analisado não houve vantagens competitivas em relação ao risco-retorno daquelas empresas classificadas como sustentáveis. Em relação as participantes do segmento que avalia a governança, os índices apresentaram o melhor desempenho e o menor risco associado. Por fim, a expansão da análise de investimento para além dos índices, avaliando também uma taxa livre de risco, foi possível constatar que todos tiveram retornos abaixo do que se espera de ativos que possuem os riscos de renda variável.
ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2014. CONZATTI, Eliana Regina; BESEN, Fabíola Graciele; JUNIOR, Valdir Serafim. Índice de Governança Corporativa em empresas listadas na B3. ConTexto-Contabilidade em Texto, v. 21, n. 47, 2021. COSTA, Leonardo et al. Os impactos econômicos do ESG (Environmental, Social and Governance) no mercado financeiro brasileiro. 2022. DE ALMEIDA, Fabrício Teixeira et al. Governança corporativa e desempenho empresarial: uma análise nas empresas brasileiras de construção e engenharia. Gestão & Regionalidade, v. 34, n. 100, p. 110-126, 2018.