Resumo

Título do Artigo

CARONAS COLABORATIVAS: PERCEPÇÕES SOBRE OS ASPECTOS SOCIOCULTURAIS
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Palavras Chave

consumo colaborativo
caronas colaborativas
aspectos socioculturais

Área

Marketing

Tema

Marketing e Sociedade

Autores

Nome
1 - Ana Claudia da Rosa
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM) - ppga
2 - DEBORA BOBSIN
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM) - Departamento de Ciências Administrativas
3 - MARCELO AUGUSTO EHLERS MACHADO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM) - Camobi

Reumo

As produções acadêmicas sobre consumo colaborativo no Brasil são recentes (OLIVEIRA; TEODÓSIO, 2020), permitindo espaços de investigação sob as mais diversas lentes teóricas. Dentre estas, pode-se citar a Consumer Culture Theory (CCT) – lente teórica adotada neste estudo. Como lócus desta pesquisa foram escolhidas as caronas colaborativas mediadas por tecnologias. Deste modo, as pesquisas envolvendo a CCT e consumo colaborativo podem proporcionar contribuições mais amplas sobre o consumo colaborativo e a sociedade.
Esta pesquisa traz como reflexões: Como as interações, vínculos e experiências com as outras pessoas estão presentes no consumo colaborativo de caronas? Como o consumidor se identifica com as outras pessoas que consomem caronas? Diante destas perguntas, o objetivo deste é relatar as percepções dos aspectos socioculturais - pertencimento, identidade de grupo, experiências culturais e vínculos sociais - no consumo de caronas colaborativas a partir da lente da Consumer Culture Theory (CCT).
A Consumer Culture Theory (CCT) contribui para o estudo dos consumidores, abrangendo as novas formas de consumo. Dentre estas, citam-se as trocas alternativas, as quais fazem parte do chamado consumo colaborativo (BELK, 2014). Diante disso, as pesquisas direcionam o seu olhar para compreender os aspectos socioculturais do consumo (ANDRADE, 2016). Portanto, nesta pesquisa investigou-se os aspectos socioculturais - prova social, identidade do grupo, pertencimento, vínculos sociais e experiências culturais - construídos a partir da literatura consultada.
Realizou-se um estudo qualitativo e descritivo, por meio de entrevistas em profundidade e anotações em diário de campo. Para conduzir as entrevistas, utilizou-se um protocolo com categorias a priori, construídas a partir da literatura. Antes de iniciar a coleta, procedeu-se a validação do protocolo de entrevista. Nas entrevistas, os consumidores falaram sobre as suas características e identidade, o consumo de caronas e os aspectos socioculturais. A partir do critério de saturação teórica, aconteceram 23 entrevistas. Após, aplicou-se a técnica de análise de conteúdo (BARDIN, 2015).
Na categoria identidade e pertencimento do grupo, os entrevistados identificaram-se com outros consumidores, apontando aspectos em comum: procuram benefícios; estão em movimento e possuem relações pessoais e profissionais entre as cidades das caronas; possuem características de personalidade; estão construindo a sua vida; são jovens. Na categoria (não) construção de experiências e vínculos socioculturais, por meio das interações criam-se as experiências e os vínculos. Sob outra perspectiva, pode não haver interações, e, consequentemente, não acontecer vínculos e experiências socioculturais.
Originaram-se as categorias “identidade do grupo e pertencimento; (não) construção de experiências socioculturais e vínculos sociais”. Não foi possível definir um perfil, mas foram delineados traços característicos, surgindo a identidade do grupo e senso de pertencimento. A partir das interações são construídas experiências culturais na carona, havendo trocas de experiências e vivências. Do mesmo modo, os vínculos podem ser construídos nas interações. Os vínculos podem ser temporários ou duradouros. Sob outra perspectiva, não acontecem interações, experiências ou construção de vínculos.
ANDRADE, H. DA G. C. COMPARTILHO, LOGO EXISTO? A (re)construção da identidade do consumidor por meio do Consumo Colaborativo. 2016. 187 p. Dissertação (Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2016. BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2015. BELK, R. You are what you can access: Sharing and collaborative consumption online. Journal of Business Research, v. 67, n. 8, 1595–1600, 2014. OLIVEIRA, V. M. de; TEODÓSIO, A. dos S. de S. Consumo Colaborativo: Um Estudo Bibliométrico Entre 2010 E 2019. REA, v. 26, n. 2, 2020.