Resumo

Título do Artigo

O Papel da Diversidade e Inclusão de Gênero nos Ecossistemas de Inovação e Empreendedorismo no Estado de São Paulo
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Palavras Chave

Diversidade e Inclusão
Gênero
Ecossistema de Inovação

Área

Empreendedorismo

Tema

Empreendedorismo Inovador: Startups, Empresas de Base Tecnológica, Incubadoras e Parques Tecnológicos, Capital de Risco

Autores

Nome
1 - MARCOS PRIMO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - DCA/CCSA
2 - Ely Laureano Paiva
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO (FGV-EAESP) - Sao Paulo
3 - Rennaly Alves da Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - CCHSA

Reumo

Apesar da aparente importância da diversidade e inclusão (D&I) de gênero, faltam estudos acadêmicos direcionados para o entendimento dessa temática em organizações trabalhando com tecnologia (empresas estabelecidas, startups e instituições de suporte) nos ambientes de inovação e empreendedorismo brasileiros.
Como fatores e recursos utilizados nas iniciativas desenvolvidas por agentes nos ecossistemas de inovação e empreendedorismo em tecnologia em São Paulo influenciam a D&I de gênero nesses ambientes. A escolha por São Paulo deve-se ao fato daquele estado concentrar metade das startups brasileiras
Uma das barreiras estruturais para avançar na diversidade de gênero em companhias de tecnologia seria promover oportunidades iguais para que as mulheres possam se desenvolver em carreiras STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), visto que o papel das social mulheres as afasta dessas áreas (Kuschel et al. 2020). Os desafios da D&I tornam-se evidentes quando se analisa a diversidade de gênero no empreendedorismo. Muito embora o suporte familiar seja um fator positivo, a dupla jornada (profissional, familiar) impacta o desempenho feminino nos ecossistemas (Welsh et al., 2016)
fFram realizadas 40 entrevistas on-line, as quais foram transcritas pelo aplicativo TACTIQ e o texto foi ajustado depois da reprodução das gravações e tratadas no software Atlas TI 23. Em cada um dos arquivos foi feita a análise de conteúdo a partir de códigos pré-estabelecidos da revisão de literatura e códigos que emergiram dos textos. Então foi conduzida a etapa de categorização a partir da combinação de códigos similares (1º nível) relacionados a uma categoria mais ampla (2º Nível) com os dados das entrevistas, complementados com dados de relatórios gerenciais.
Com relação a práticas internas de D&I dois processos emergiram como críticos: os processos de seleção e recrutamento e os processos de desenvolvimento de carreira. Foram encontradas evidências de uma discussão nas empresas de tecnologia/startups/incubadoras acerca da necessidade estratégica da diversidade e trabalhar com os vieses inconscientes. Nesse ponto é fundamental a discussão interna acerca da necessidade estratégica da diversidade e trabalhar com os vieses inconscientes. Um ponto interessante detectado nas entrevistas foi a interseccionalidade de programas de diversidade de gênero.
A pesquisa verificou que a maioria das empresas globais de tecnologia têm adotado metas claras de diversidade de gênero para suas subsidiárias no Brasil, mas não há exigências sobre fornecedores brasileiros. Antes do qualquer ação de DE&I é necessário um letramento para que o público interno das empresas, startups e organizações dos ecossistemas compreendam os vieses inconscientes. A forma mais difundida de desenvolver ações internas de diversidade de gênero nos agentes dos ecossistemas analisados foi a doção de ações afirmativas para recrutamento e seleção de mulheres.
Al-Dajani et al. (2019). Defying contextual embeddedness: evidence from displaced women entrepreneurs in Jordan. Entrepreneurship & Regional Development, 31(3-4), 198-212. Balachandra et al. (2019). Don’t pitch like a girl!: How gender stereotypes influence investor decisions. Entrepreneurship theory and practice, 43(1), 116-137. Kuschel et al. (2020). Stemming the gender gap in STEM entrepreneurship–insights into women’s entrepreneurship in science, technology, engineering and mathematics. International Entrepreneurship and Management Journal, 16(1), 1-15.