Resumo

Título do Artigo

Construção e investigação de evidências de validade de uma escala de habilidades de trabalho em equipes virtuais
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Palavras Chave

Escala de habilidades
equipes virtuais
teletrabalho

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Aprendizagem nas Organizações

Autores

Nome
1 - ELIANE ALMEIDA DO CARMO
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia
2 - Gardênia da Silva Abbad
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - Instituto de Psicologia
3 - Juliana Legentil
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - Programa de Pós-Graduação em Administração
4 - DIOGO RIBEIRO DA FONSECA
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - Programa de Pós-Graduação em Administração

Reumo

Houve um crescimento significativo do trabalho virtual nos últimos anos, graças a fatores como: o desenvolvimento das tecnologias, conectividade, e, mais recentemente, a pandemia de Covid-19, que forçou o isolamento social e o teletrabalho. Esse contexto demandou que muitas pessoas trabalhassem em equipes virtuais sem nenhuma experiência anterior. Foram exigidas novas habilidades como comunicação efetiva intraequipe, relações de confiança, gestão da diversidade e de conflitos e colaboração e compartilhamento (Schulze & Krumm, 2017; Topaloglu & Anac, 2021).
Há poucos estudos sobre como as habilidades de trabalho em equipes virtuais são aprendidas, treinadas ou medidas. Os instrumentos utilizados são voltados para equipes tradicionais presenciais ou para habilidades específicas e/ou individuais. O objetivo deste trabalho é apresentar as etapas de construção e investigação de evidências de validade de uma escala de habilidades de trabalho em equipes virtuais, construída a partir de referenciais teóricos da área (Schulze & Krumm, 2017; Topaloglu & Anac, 2021) e de conteúdos de um programa de treinamento oferecido por uma instituição financeira.
A habilidade de trabalhar em equipe virtual é a capacidade de trabalhar de forma integrada, compartilhando metas, objetivos e informações predominantemente por meio de TICs (Maduka et al., 2018). Nessas equipes, as habilidades de integração como comunicação e compartilhamento são as mais proeminentes. Os estudos apresentam resultados positivos no que se refere à relevância da comunicação e o compartilhamento de tarefas para a efetividade das equipes (criatividade, bem-estar, desempenho percebido, resolução de conflitos e eficácia).
Foi utilizado o método misto: quali na etapa de construção e de busca por evidências de validade semântica dos itens, e quanti, na investigação das evidências de validade de conteúdo e da estrutura interna do instrumento e nas relações com medidas externas. A implementação foi sequencial, em três etapas distintas e interdependentes. Os dados foram coletados em fonte secundária, por meio de materiais instrucionais e da literatura da área e as etapas de validação utilizaram a opinião de juízes experts e stakeholders em grupos focais e aplicação dos questionários em uma amostra de respondentes.
O método CVC, demonstrou bons indícios de validade de conteúdo da escala, com mais de 80% de concordância entre juízes em todos os aspectos avaliados. Foram encontrados bons índices de validade da estrutura interna da escala. A variância total explicada indicou que 59,24% da variabilidade das respostas ao instrumento se referem ao fator subjacente. Os itens tiveram boa amplitude de cargas fatoriais e comunalidades e bons índices de fidedignidade e de ajustes. As habilidades mais abordadas nos treinamentos foram a comunicação, colaboração e compartilhamento, confirmando os achados na literatura
A escala é unidimensional com 19 itens. A construção e a investigação de evidências de validade semântica e de conteúdo, com diversas etapas e diferentes atores, foram relevantas para obter bons índices de validade, fidedignidade e de ajuste. A variância total explicada indica que o construto está bem representado. A construção dos itens baseada na literatura, bem como um programa de treinamento, e a aplicação em amostras de egressos e não egressos indica que a escala é adequada tanto para mensurar o impacto dos treinamentos, como as habilidades de teletrabalhadores de equipes virtuais.
Maduka, N. S., Edwards, H., Greenwood, D., Osborne, A., & Babatunde, S. O. (2018). Analysis of competencies for effective virtual team leadership in building successful organisations. Benchmarking, 25(2), 696–712. Schulze, J., & Krumm, S. (2017). The “virtual team player”: A review and initial model of knowledge, skills, abilities, and other characteristics for virtual collaboration. Organizational Psychology Review, (October 2016). Topaloglu, M., & Anac, A. S. (2021). Exploring Major Factors Affecting Virtual Team Performance. European Journal of Business and Management Research, 6(5), 107–11