Resumo

Título do Artigo

Superando os efeitos do isolamento social: um estudo experimental com estímulos de Marketing
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Palavras Chave

isolamento social
consumo indulgente
comportamento do consumidor

Área

Marketing

Tema

Varejo, Omni-Channel, Serviços, Franquia e B2B

Autores

Nome
1 - Diego Nogueira Rafael
Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) - São Paulo
2 - Nicolas Stuchi Bezerra
Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) - São Paulo - Alvaro Alvim
3 - Anna Julia Pegorari e Silva
Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) - São Paulo
4 - Evandro Luiz Lopes
Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) - PPGA e MPCC

Reumo

O isolamento social causado pela pandemia decorrente da propagação da COVID-19 afetou a vida de milhões de pessoas ao redor do planeta, mesmo após o controle da epidemia. Além do grande impacto econômico, nas relações de trabalho, na vida de estudantes, na dinâmica das organizações públicas e privadas, o comportamento dos consumidores também foi fortemente alterado. Dessa forma, é importante pesquisa como o isolamento social afeta o consumo indulgente, ou seja, maus hábitos alimentares.
Tendo em vista que há um aumento no consumo de petiscos, bebidas alcoólicas e, em grande medida, guloseimas como doces e chocolates, e maior preocupação atrelada ao aumento de peso da população é a relação entre a obesidade e o agravamento das condições de saúde por causa do isolamento social. Nesta pesquisa, propõe-se a realização de um estudo causal, que tem como objetivo principal identificar os efeitos do isolamento social no aumento do consumo de produtos alimentares indulgentes e, sobretudo, quais gatilhos podem ser utilizados para mitigar esses efeitos.
O isolamento social é definido como um estado em que o indivíduo tem um número reduzido de contatos sociais e tem deficiências na qualidade das relações sociais que estabelece (Nicholson, 2009). Há indulgência na escolha do consumidor, quando este seleciona e aprecia um prazer para si mesmo, considerado um deleite comparado com outras opções alternativas. A ansiedade é uma reação da mente e do corpo a situações estressantes, perigosas ou desconhecidas (Stephan & Stephan, 1985).
Dois estudos experimentais de laboratório são propostos, com o intuito de analisar o fenômeno do comportamento de escolha de produtos indulgentes, ao mesmo tempo em que se busca identificar ações mercadológicas que podem melhorar o desempenho dos consumidores. O estudo 1 trata-se da relação direta entre o isolamento social e o consumo indulgente, além da mediação dessa relação com a ansiedade. O estudo 2 verifica a autoeficácia como moderadora da relação observada no estudo 1.
A relação direta entre o isolamento social e o consumo indulgente foi confirmada. Porém, a relação da mediação da ansiedade não teve efeito significante, sendo o contrário do que era esperado. Propomos que alguma covariável, ainda desconhecida, está influenciando no resultado da mediação. Esses resultados foram provenientes do estudo 1. O estudo 2 ainda não foi executado, está sendo aprimorado para fazermos a coleta de dados.
Entendemos que o objetivo da pesquisa foi atendido. O efeito da relação direta entre isolamento social e consumo indulgente e foi confirmado, possibilitando novas políticas públicas com potencial para mitigar esse efeito. Essa relação deve servir como proxy para o controle do consumo não planejado e, até certo ponto, excessivo. Os gestores públicos podem se embasar nos resultados da presente pesquisa para desenvolver ações para mitigar os efeitos do isolamento social.
Bandelow, B., Michaelis, S., & Wedekind, D. (2017). Treatment of anxiety disorders. Dialogues in Clinical Neuroscience, 19(2), 93. Bandura, A. (2018). Toward a psychology of human agency: Pathways and reflections. Perspectives on Psychological Science, 13(2), 13-16. Cacioppo, J. T., & Hawkley, L. C. (2009). Perceived social isolation and cognition. Trends in cognitive sciences, 13(10), 44-55. Cavanaugh, L. A. (2014). Because I (don't) deserve it: How relationship reminders and deservingness influence consumer indulgence. Journal of Marketing Research, 51(2), 218-232.